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Novembro de 1950: “Cristandade, a chave de prata”

Escrevemos este livro a fim de esboçar, nas linhas gerais, a admirável fisionomia da Cristandade, espelho da fisionomia de Cristo, como a criatura é espelho  do Criador, e a obra é espelho do artista. (…)

Dando a doutrina da Cristandade e os fatos em que se encarnou, tenho os olhos postos no passado e no eterno, e as mãos no futuro. “Emitte Spiritum tuum et creabuntur, et renovabis faciem terrae — Enviai o vosso Espírito e tudo será criado; e renovareis a face da terra…”

Estas são as palavras de Dr. Plinio no exórdio de um livro que deveria se chamar “Cristandade, a chave de prata”, cuja redação iniciara em novembro de 1950. Infelizmente, essa obra ficou inacabada. Por alguma razão que não conseguimos esclarecer por inteiro, Dr. Plinio decidiu suspender o trabalho alguns meses depois, deixando prontos — sem revisão — apenas os primeiros capítulos e um esquema do restante.

Segundo ele próprio declarou posteriormente, muitas das noções que abordaria acabaram constando em duas outras obras, “Revolução e Contra-Revolução” e “Nobreza e Elites tradicionais análogas nas alocuções de Pio XII”.

Contudo, o sistema de exposição das idéias nesses dois livros não foi o mesmo adotado em “A Cristandade”. Neste último, a explicitação de princípios se daria preferentemente com o auxílio de metáforas, como sempre atraentes, elevadas, brilhantes, sapienciais, de acordo com o estilo de Dr. Plinio.

Qual a idéia-mestra de “Cristandade, a chave de prata”? Incentivar a coligação das últimas luzes da Civilização Cristã e contribuir para que um grande incêndio espiritual viesse tomar conta da Terra.

Voltaremos ao tema.

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