sábado, noviembre 23, 2024

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14 de julho de 1945: Recepção a Nossa Senhora Aparecida

A vinda da milagrosa imagem de Nossa Senhora Aparecida a São Paulo não poderia deixar de ser para a alma católica de Dr. Plinio motivo de grande júbilo, que ele extravasa nas páginas do “Legionário”.

Aproxima-se o dia em que Nossa Senhora Aparecida virá a São Paulo, a fim de receber as homenagens da população paulistana.

No momento, todas as energias, todas as dedicações, todo o entusiasmo devem estar não só voltados, mas absorvidos e monopolizados pelo grande acontecimento. É ordem expressa do Exmo. Revmo. Sr. Arcebispo Metropolitano que todos os católicos devotos concorram para que Nossa Senhora tenha em São Paulo uma recepção grandiosa. São Paulo é a metrópole do Estado em que Nossa Senhora quis armar seu trono. É na arquidiocese de São Paulo que se encontra a Basílica da Aparecida. Os paulistas têm para com Nossa Senhora uma devoção ardentíssima e tradicional. Por todos os títulos, a manifestação do dia 14 tem de ser como as mais grandiosas a que São Paulo já tenha assistido. Ela nos deve fazer lembrar, por sua magnificência e amplitude, os dias memoráveis do Congresso Eucarístico.

A manifestação do dia 14 está muito longe de ter um sentido meramente humano. A presença da verdadeira Imagem de Nossa Senhora Aparecida, entre nós, é uma graça. Maria Santíssima é Medianeira de todas as graças, e seus favores são mais abundantes, quando suplicados aos pés das imagens benditas que, em quase todos os países do mundo, são veneradas de um modo especial em algum Santuário nacional. Os mexicanos têm Nossa Senhora de Guadalupe. Os argentinos têm Nossa Senhora de Lujan. Os brasileiros têm Nossa Senhora Aparecida. As imagens de Lujan, de Guadalupe, de Aparecida, foram escolhidas pela Providência para despertar de modo especial a devoção a Maria Santíssima. Sua presença entre nós é, pois, um penhor especial da generosidade de Nossa Senhora. Devemos aproveitar avidamente as graças que sua presença acarretará para nós.

“Procurai primeiramente o Reino de Deus e sua Justiça, e todas as coisas vos serão dadas por acréscimo”, prometeu Nosso Senhor. Podemos e devemos pedir graças temporais. Mas muito acima delas estão as graças espirituais. […]

Nossa grande prece deve ser acima de tudo pela recristianização do Brasil. Se devemos amar acima de tudo a Deus, nosso Senhor, devemos amar logo abaixo d’Ele a Igreja de Deus, que é o Corpo Místico de Cristo. Sarmentos desta Vinha, o que pediremos a Nossa Senhora é que fiquemos sempre unidos ao cepo divino, sempre ligados à Igreja de Deus, sempre fiéis à Rocha de São Pedro. Porque se tivermos esta graça, todas as outras serão supérfluas… e nos serão dadas de acréscimo!

(Excertos do “Legionário”, 8/7/1945, nº 674)

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