Em 8 de dezembro de 1935 era estampado nas páginas do Legionário o primeiro artigo de Dr. Plinio, intitulado “À margem dos fatos”, com o qual inaugurava sua coluna Sete dias em Revista. Até o ano de 1947, exceto em cinco ocasiões, escreverá ele toda semana essa seção, totalizando 608 rubricas.
Sete dias em Revista foi concebida por Dr. Plinio na convicção de que ao povo brasileiro agrada mais as novidades enriquecidas de um pequeno comentário.
“O desastre para os meus patrícios — disse ele certa vez — é um artigo com pouca notícia e extensas análises. Assim, para essa coluna, sobretudo era preciso que cada comentário fosse por si um acontecimento, seguido de uma observação concisa: ‘diante de tal fato, o pensamento católico tece tal ponderação’. E esta tinha de ser uma flecha que se crava, para criticar ou elogiar. Quando houvesse lugar para louvores, evitar os aplausos convencionais. Quando se dava o momento da crítica, devia-se começar dizendo, por exemplo: ‘Não foi acertada a atitude de Fulano’ (nomeando o personagem em questão). Sete dias em revista tomava, então, tudo o que se passara na semana e dardejava! Fosse quem fosse o alvo, os dardos eram lançados…”
Esse estilo direto, simples e profundo, inteiramente alicerçado na realidade dos fatos, granjeou para Dr. Plinio o prestígio de jornalista criterioso e sempre atual, além de conquistar para o Legionário uma importante influência no ambiente católico nacional e estrangeiro (cfr. “Dr. Plinio” nº 78). Desse entrelaçamento com outras folhas católicas resultaram amizades e contatos preciosos, através dos quais Dr. Plinio pôde ampliar seu apostolado no Brasil e no mundo.
Anos mais tarde, o “dardejante” estilo de Sete Dias em Revista viria à tona novamente na Folha de S. Paulo, quando este jornal paulistano convidou Dr. Plinio para ser um dos colaboradores de sua seção “Tendências e Debates”. De 1968 a 1975, os artigos dele foram publicados semanalmente nessa tribuna e reproduzidos por jornais de diversos países. Após essa data, as ingentes ocupações em prol da causa católica o obrigaram a diminuir suas luminosas colaborações à imprensa brasileira.
