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Julho de 1943 – Solidariedade com o Sumo Pontífice

Em 25 de julho de 1943, pelas páginas do “Legionário”, Dr. Plinio expressou uma vez mais seu ardoroso devotamento ao Sucessor de Pedro, solidarizando-se com a augusta atitude do Papa Pio XII diante do bombardeio de Roma, na Segunda Guerra Mundial. Em carta dirigida ao Vigário Geral da Diocese de Roma, o Papa deplorou não terem sido ouvidos seus apelos em favor dos cidadãos pacíficos e dos monumentos da Fé e da civilização.

O documento dado a lume pelo Sumo Pontífice — escreveu então Dr. Plinio —, se de um lado contém ensinamentos doutrinários do mais alto valor, honrará também a História da Igreja pela extraordinária nobreza da atitude que assume, e pela habilidade diplomática verdadeiramente relevante dos termos em que está redigido. (…)

Quando se falou do bombardeio de Roma, o Santo Padre, que além da Paternidade universal de todos os povos, é ainda Bispo da Cidade Eterna, sentiu naturalmente comoverem-se sua compaixão e sua piedade. E, por isto dirigiu-se a “ambos os beligerantes”, pedindo-lhes que gregos e troianos tomassem as medidas necessárias para que Roma não fosse transformada em alvo de guerra. (…) E o Santo Padre acentua a amarga decepção que esse apelo aos dois lados Lhe trouxe: “Mas a nossa esperança foi frustrada. Aconteceu aquilo que temíamos. Aquilo que prevíamos é agora triste realidade.” (…)

Roma não é uma cidade qualquer. E, ainda que capital [da Itália], não deixa de ser a Diocese de Pedro, o solo e até o subsolo sagrado, onde cada polegada, cada milímetro contém uma recordação suave ou gloriosa para o coração dos católicos. Pelo que, se o “Legionário” é contrário ao bombardeio de populações civis, a fortiori deplora e do mais fundo e mais íntimo de seu coração, o bombardeio da capital augusta do mundo católico, daquele verdadeiro escrínio, daquele admirável relicário que é a cidade dos Papas.

Mas isto não basta. (…) O “Legionário”, que faz do sentire cum Ecclesia seu único ideal, e da obediência e amor ao Pontífice sua norma mais constante e inflexível, está aos pés do Santo Padre neste momento, e formula ao Coração Imaculado de Maria suas mais ardentes preces para que, cessados quanto antes os presentes bombardeios, as inúmeras e inapreciáveis relíquias de Fé, de arte e de civilização da Cidade Eterna continuem intactas, bem como salvas dos atuais tormentos as pessoas inocentes por eles ameaçadas.

(Extraído do “Legionário” de 25/7/1943)

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