jueves, noviembre 21, 2024

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Maio de 1944 Oportuna recordação da mensagem de Fátima

Há 65 anos, num ambiente transtornado pelo segundo conflito internacional, Dr. Plinio evocava as aparições da Santíssima Virgem em Fátima, Portugal, bem como as advertências e os apelos que a Mãe de Deus dirigiu a um mundo então opresso pelos sofrimentos oriundos da Primeira Grande Guerra:

“Nossa Senhora baixou dos céus à terra, e manifestou a três pequenos pastores de um recanto ignorado e perdido do pequeno Portugal, as condições verdadeiras, os fundamentos indispensáveis para a organização do mundo. Ouvida essa mensagem, a humanidade encontraria verdadeiramente a paz. Negada, ignorada essa mensagem, a paz seria falsa e o mundo imergiria em nova guerra.

A guerra veio. A guerra aí está (…).

“A mensagem da Senhora, que sobreveio precisamente no momento crucial em que se preparava o após-guerra, desprezando as manifestações aparatosas de falso patriotismo e de cientificismo dos ‘técnicos’, colocou com grande simplicidade todas as coisas em seus termos únicos e fundamentais. A guerra fora um castigo do mundo por sua impiedade, pela impureza de seus costumes, por seu hábito de transgredir os domingos e dias santos. Isto resolvido, todos os assuntos se resolveriam por si. Isto não resolvido, todas as soluções nada resolveriam… E se o mundo não ouvisse a voz da Senhora, se ele não respeitasse esses princípios, nova conflagração viria, precedida de fenômeno celeste extraordinário. E essa conflagração seria muito mais terrível que a primeira. (…)

“Construíram uma paz sem Cristo, uma paz contra Cristo. O mundo se afundou ainda mais no pecado, a despeito da mensagem de Nossa Senhora.

“Em Fátima, os milagres se multiplicavam. Ali estavam eles, acessíveis a todos, podendo ser examinados por todos os médicos de qualquer raça e religião. As conversões já não tinham número.

E tudo isto não obstante, ninguém dava ouvidos a Fátima. Uns duvidavam sem querer estudar. Outros negavam sem examinar. Outros criam mas não tinham coragem de o dizer. A voz da Senhora não se ouviu.

“Passaram-se mais de vinte anos. Um belo dia, sinais estranhos se viram no céu… era uma aurora boreal, noticiada por todas as agências telegráficas da Terra. Do fundo de seu convento, Lúcia escreveu a seu Bispo: era o sinal, e dentro em breve a guerra viria.

A guerra veio dentro em breve. Ela está aí, e hoje se cuida novamente de ‘reorganizar o mundo’, aos últimos clarões desta luta potencialmente já vencida.

“Si vocem ejus hodie audieritis, nolite obdurare corda vestra — ‘se hoje ouvirdes Sua voz, não endureçais vossos corações’, diz a Escritura. Inscrevendo a festa de Nossa Senhora de Fátima no rol das celebrações litúrgicas, a Santa Igreja proclama a perenidade da mensagem de Nossa Senhora dada ao mundo através dos pequenos pastores.

“No dia de sua festa, mais uma vez a voz de Fátima chegou a nós: não endureçamos nossos corações, porque só assim teremos achado o caminho da paz verdadeira.”

(Extraído do “Legionário” de 14/5/1944)

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