“E ste é o lugar onde eu gostaria de morrer, bem junto a Nossa Senhora.” “Que grande bênção ter vindo aqui!” “Em São Paulo, Genazzano passará a ser um ponto de atração fixo para as minhas ideias.” Essas foram algumas das exclamações de Doutor Plinio ao visitar, em 23 de setembro de 1988, o miraculoso afresco da Mãe do Bom Conselho, em Genazzano, na Itália.
Era a primeira e a última vez em que ele visitaria o berço daquela devoção de tão grande significado para sua vida espiritual.
Ao encetar viagem de Roma a Genazzano, sua emoção manifestou-se em gestos de piedade filial, convidando seus acompanhantes a rezarem o Rosário e a Ladainha Lauretana a fim de se prepararem para tão importante encontro.
Já dentro do Santuário, após ter recebido a Comunhão, Dr. Plinio rezou longamente, bem junto ao altar da Mãe do Bom Conselho, cuja toalha osculou em sinal de profunda veneração. Ali rezou quatro vezes o Confiteor, e pediu que tocassem seu terço e os de seus acompanhantes no vidro que protege o milagroso afresco.
Na véspera desta sua última viagem à Europa, dizia ele a alguns de seus discípulos1:
“Esta viagem tem como finalidade — num certo sentido, única — ir falar com Nossa Senhora em Genazzano.
“Eu não posso ser estranho à circunstância de que o dia 13 de dezembro não está longe. E que o octogésimo aniversário é uma data memorável na vida de um homem. E não posso ser indiferente ao fato de que, nessas condições, um homem tem atrás de si um longo passado para prestar contas, e um futuro não sei de que tamanho, em favor do qual pedir.
“Vou pedir a Nossa Senhora perdão, de toda a minha alma, por todas as imperfeições, negligências, por tudo o que eu tenha feito e que não tenha sido do agrado d’Ela. Vou pedir perdão, no mesmo sentido, por todos aqueles que Ela me deu.
‘Minha Mãe, se Vós esperais um pedido, as preces de tanta gente, eu venho trazê-las! Se Vós quereis dizer, por meu intermédio, uma palavra de alento e de coragem intrépida aos que são vossos, fazei-o. Eu aqui vim para me pôr aos vossos pés, como vosso escravo, como vosso filho, minha Mãe, para fazer a vossa vontade!’”
1) Conferência de 20/9/1988.
