martes, octubre 22, 2024

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A medula da Contra-Revolução

“Mamãe me ensinou a amar Nosso Senhor Jesus Cristo…”

Eis um dos mais preciosos legados de Dona Lucilia a seu “filhão querido”, e por ele recordado, em meio a prantos, ao se deparar com o corpo inerte de sua extremosa mãe.

Esse amor — verdadeira adoração — ao Redentor, que encontrou por principal objeto o Sagrado Coração de Jesus, ela o ensinou, muito mais do que por palavras, por seu modo de ser, como o próprio Dr. Plinio afirmou:

“Eu a via rezar, em casa, diante da imagem do Sagrado Coração de Jesus que havia em seu quarto, e pensava: É curioso, mas há uma atração entre Ele e ela! Ela é assim porque reza para Ele.”

Introduzido, desse modo, no conhecimento e no amor de Jesus, Nosso Senhor, não tardou Dr. Plinio em discernir que todas as sublimidades por ele contempladas na Santa Igreja emanavam daquele Sagrado Coração.

Daí ter nascido, muito cedo na alma do pequeno Plinio, a seguinte convicção:

“É preciso querê-Lo até o fim, ter essa mentalidade completamente, pois assim se deve ser, e esse é o meu ideal! Eu só sou congênere com quem é congênere com Ele. Eu tenho parte com Ele, e quem não tenha parte com Ele, também não a terá comigo.

“Eu posso, por conveniências sociais, educação ou necessidade de apostolado, conduzir um convívio cordial. Mas, ter união com minha alma a ponto de dizer que eu quero bem, não; porque eu só quero bem quem for como Ele. A Ele eu quero inteiramente bem. Propriamente, O adoro.”

Adoração que se exprimiu, entre outras formas, por meio de longos períodos passados aos pés da imagem do Sagrado Coração de Jesus, na igreja a Ele dedicada, tão querida por Dona Lucilia, e em cujo ambiente a graça o fazia discernir “uma majestade doce, suave, acolhedora, embebida de uma tristeza compassiva, mas que pedia compaixão, ao mesmo tempo.” Ali, sua alma sentia-se como diante do modelo perfeito que procurava. Tudo lhe falava de seriedade e bondade.

Como Dr. Plinio mesmo declarou, tão intenso convívio, permeado de graças místicas, foi “o ponto de partida da Contra-Revolução na minha alma. Porque eu via o mundo moldado segundo a mentalidade difundida por Hollywood como sendo o contrário de tudo aquilo que me encantava no Coração de Jesus. E o mundo que a Revolução procurava destruir, eu via como realizando — não totalmente, mas em grande parte — o que Ele era. E essa destruição, portanto, visava a Ele, e não apenas aquilo que Lhe era conforme.

“Donde a própria medula da Contra-Revolução, em mim, ser a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.” 1

Dr. Plinio deixou-nos um amplo acervo de orações, impressões, explicitações e comentários nascidos de seu relacionamento com o Sagrado Coração de Jesus, e transmitidos em diversas conferências levadas agora ao conhecimento dos leitores na seção “Sagrado Coração de Jesus”, inaugurada na presente edição.

1) Cf. conferência de 12/12/1985.

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