miércoles, noviembre 27, 2024

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A verdadeira fisionomia da Igreja

Ao referir-se ao entusiasmo que lhe causava tudo quanto dizia respeito à Santa Igreja, Dr. Plinio comentava, em certa ocasião:

Eu folheei muitos álbuns com fotografias de igrejas, de estilos católicos de outros tempos, de coisas da vida da Igreja de outras épocas, chegando até às catacumbas. Em todas elas eu notava presente a mesma mentalidade, exprimindo-se de mil modos, de mil jeitos, de mil formas. Nada mais diferente do que uma catacumba romana e uma igreja gótica, a Saint-Chapelle, por exemplo. Entretanto, a mentalidade é a mesma: o jogo total de fisionomia, de inteligência, de vontade, de sensibilidade, aquela paz de alma, aquilo é do começo ao fim a mesma coisa.

E a ideia do unum da Igreja exteriorizando-se apropriadamente com intensidades maiores ou menores, com plenitudes de força de expressão maior ou menor, mas sempre autênticas, através de todos os séculos, deu-me uma impressão fenomenal!

Compreendi que a Igreja está no seu estado de sanidade quando ela exprime esta fisionomia por inteiro na sua Doutrina, nas suas Leis, nos seus Sacramentos e neste imponderável do qual estou falando. E este ambiente, este semblante, a imersão nesta mentalidade é que forma propriamente o católico1.

Entretanto, como apontará Dr. Plinio em algumas das conferências transcritas na presente edição, existe uma constante batalha entre o bem e o mal; e à medida que correm os séculos, este último vai se requintando em seu modo de ação, camuflando-se de diversos modos até mesmo dentro da piedade católica, procurando desfigurar esta fisionomia e corromper esta mentalidade.

Como precaver-se deste mal e adquirir a autêntica mentalidade da Igreja?

É preciso — responde Dr. Plinio — ter dentro da alma uma inteira consonância e um conhecimento completo do que é a verdadeira fisionomia da Igreja, e do que é esta Tradição Católica que ainda vive, à maneira de cordas, nas almas de todo o Ocidente. De maneira a quando dissermos algo, aquelas cordas vibrarem no interior dos que nos ouvem.

Mas para isso é necessária uma consonância total, com uma integridade que não admite falsete, imitação, impostura, nem “lantejoulas”. Porque essas cordas se conhecem umas às outras.

É o que Nosso Senhor diz: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, Eu as conheço e elas Me seguem” (Jo 10, 27).

Então, trata-se de possuir essas cordas em si mesmo com uma autenticidade e uma afinidade absolutas com as cordas do Sapiencial e Imaculado Coração de Maria2.

1) Conferência de 5/2/1980.

2) Conferência de 27/1/1979.

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