Em minha última viagem à Europa, indo de Veneza a Paris, nosso avião sobrevoou uma massa enorme de neve, numa hora em que o Sol dardejava seus raios sobre aquela montanha colossal. Era o famoso Mont Blanc.
Quando vi aquele gelo rutilante como um cristal, de uma beleza maravilhosa, veio-me ao espírito uma série de impressões, a primeira das quais, a virgindade de Nossa Senhora. Aquilo constituía um símbolo insuficiente e pálido da virgindade d’Ela, mas para nossos olhos mortais era uma coisa deslumbrante, magnífica!
Depois, refleti a respeito da pureza da alma e das intenções humanas. Assim, cem outras considerações me vieram, em tropel, ao espírito. Pensei em algumas e depois, com naturalidade, mudei de tema. Mas essa impressão me ficou para sempre na alma. É um pouco de vida interior.
(Extraído de conferência de 17/2/1990)