A mediação de Maria deve ser vista não apenas enquanto a intercessão d’Aquela que reza por todos, mas como sendo Ela a Rainha do universo.
Nosso Senhor deu à Santíssima Virgem, que é Mãe e não tem papel de juiz, uma realeza com todas as indulgências, todos os extremos de misericórdia de mãe que a autoridade paterna de si não comporta. Ele A coloca como Rainha, a fim de governar tudo assim.
Há, portanto, um regime marial de governo do universo. E, mais do que Medianeira onipotente e suplicante, Ela é a Rainha que conduz os acontecimentos e dirige a História.
Quando a Igreja canta a respeito da Mãe de Deus “Tu só exterminaste todas as heresias”, afirma que o papel d’Ela nesse extermínio foi único. Quem promove a eliminação das heresias dirige os triunfos da ortodoxia, e quem rege uma coisa e outra dirige a História.
Essa noção a respeito da realeza de Nossa Senhora ligada à mediação universal explica bem como a devoção a Ela está absolutamente na raiz de todas as vitórias da Contra-Revolução.
(Extraído de conferência de 11/7/1967)