Esse renomado matutino paulista, jornal de maior tiragem no Brasil, organizou o que ele mesmo chamou de “almoço heterogêneo”, para o qual foram convidados os colaboradores de sua Página Três — seção Tendências e Debates. Esta coluna, como sugere seu cabeçalho, congrega escritores, pensadores e jornalistas das mais diversas “tendências”, que se contrapõem num bric-a-brac de vívido “debate”.
Dr. Plinio escrevia semanalmente para a “Folha” desde 1968, e a presença dele naquele evento foi assim comentada pelo jornal: “Sempre sorridente e afável, como uma espécie de exemplo vivo de sua teoria da cordialidade brasileira, Plinio Corrêa de Oliveira respondeu bem-humorado à indagação sobre sua apresentação a Fernando Henrique Cardoso, feita pelo ex-diretor presidente da “Folha”, Otávio Frias de Oliveira, antes do almoço: ‘Sinto decepcioná-los, mas foi um contato muito descontraído e interessante. Creio que surpreendi Fernando Henrique, por não ser parecido com a imagem do senhor ranzinza e dogmático que fazem de mim’.” (FSP, 11-1-79)
Disse ainda Dr. Plinio à “Folha”: “Acho que o nosso povo tem um traço de intuição, de cordialidade, que começa a ser reconhecido mesmo por europeus, como a gente percebe conversando com eles. Não creio que seja apenas devido à miscigenação; o brasileiro é um povo criativo, tem um grande poder criador que acredito venha de sua capacidade de intuir.”
Além dos já citados Dr. Otávio Frias e o futuro Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, na sede do jornal paulista estavam reunidos outros colaboradores da “Página Três”, como o sociólogo Gilberto Freire e o ex-ministro Severo Gomes.