Em um cisne que desliza sobre as águas, é encantador contemplar sua autossuficiência. Ele não precisa de nada nem de ninguém para flutuar como uma espuma. Não necessita de companhia ou distração. Basta-lhe ser ele mesmo e viver no encanto de suas penas brancas, na elegância de seu pescoço esguio, com seu olhar tão distinto e porte tão nobre, deslocando-se sobre a água com a naturalidade com que o homem caminha sobre a terra. Este, entretanto, faz força para andar. O cisne, não; desliza lentamente com um pequeno trocar de patas, as quais não aparecem porque são feias. Assim, dele só se vê a beleza. Oh, sabedoria de Deus!
(Extraído de conferência de 10/2/1974)