jueves, noviembre 21, 2024

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“Escravo de Nossa Senhora eu termino, escravo de Nossa Senhora eu começo!”

Quando tinha uns quinze anos de idade, fui com minha família a uma festa no Trianon, na Avenida Paulista, onde a alta sociedade de São Paulo comparecia para festejar a passagem do ano.

Enquanto eu via a atração de tudo aquilo, percebia também quanto tinha de mundano, de superficial, de gozo da vida sem ideal, e me sentia puxado para onde não queria, ficando muito perplexo diante disso.

De repente, vejo entrar um homem que fazia o papel de velho, apoiado sobre uma bengala, todo esfarrapado, e um moço que vinha dando pontapés nele. Era o ano novo que entrava expulsando o ano velho.

Eu pensava: “Que mentalidade é a desse ambiente! Este ano que agora acaba foi o moço do ano passado, e expulsou o anterior aos pontapés. Daqui a um ano vamos ter horror desse moço, porque nos causam horror os sofrimentos que a vida traz. Essa gente não enxerga isso!” E com o pavor de me deixar levar por aquela mentalidade, enquanto os outros entoavam o Hino Nacional e respeitosamente mantinha-me de pé, associando-me a esse ato, meu coração voou mais alto e rezei a Nossa Senhora. Nesse lugar formei a resolução de nunca deixar de recitar uma Salve Regina na passagem do ano.

Entretanto, quando li o Tratado da verdadeira devoção, de São Luís Grignion de Montfort, compreendi que seria muito bonito rezar na passagem do ano a Consagração a Jesus Cristo pelas mãos de Maria, como quem diz: “Escravo de Nossa Senhora eu termino, escravo de Nossa Senhora eu começo!” Não abandonei a Salve Regina, rezo-a antes, e logo depois vem a Consagração.

(Extraído de conferência de 29/12/1984)

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