No dia 21 de junho de 1921, o jovem Plinio Corrêa de Oliveira, então com 12 anos, foi recebido na Congregação Mariana do Colégio São Luís, sob a égide dos padres jesuítas. O certificado de admissão, com dizeres impressos, assim rezava:
“Pelas presentes atestamos que o nosso querido irmão em Cristo, Sr. Plinio Corrêa de Oliveira, no dia 21 de junho de 1921 foi recebido como membro da Congregação de alunos que, sob o título de Nossa Senhora do Bom Conselho e de São Luís, se acha estabelecida no Colégio São Luís, em São Paulo, no Brasil, e que, portanto, foi admitido a participar de todas as indulgências, graças, favores e privilégios espirituais de que gozam em vida os congregados formados, e dos sufrágios que essa nossa congregação costuma fazer por seus membros falecidos.”
Era o início de uma intensa militância católica, que se estenderia por mais de sete décadas. Já homem feito, Dr. Plinio assim recordaria aquele momento, para ele decisivo, em que abraçou para o resto de sua vida o caminho do bem e da virtude:
Nossa Senhora sempre me ajudou com a abundância de sua misericórdia. Porém, o fez de modo particular a certa altura de minha adolescência quando, passando eu por uma série de provações e aflições espirituais, Ela me alcançou uma graça especial. Lembro-me de que, naquele difícil período, costumava freqüentar a Igreja do Coração de Jesus e me ajoelhava aos pés da imagem de Maria Auxiliadora que lá se encontra, bem como diante do quadro de Nossa Senhora do Bom Conselho que existia e ainda existe na capela do Colégio São Luís, onde eu estudava, pedindo à Santíssima Virgem que me ajudasse. E Ela não demorou em me atender.
Pouco depois, com meus 12 anos de idade, consegui que me admitissem na Congregação Mariana de meninos daquele colégio. Junto com essa graça, Nossa Senhora me obteve outra, não menos importante, de tomar essa resolução: “Aconteça comigo o que acontecer, eu serei a favor do bem contra o mal. O mal e eu somos inimigos irreconciliáveis. Serei, portanto, a favor da Igreja Católica Apostólica Romana, da pureza, da compostura, da hierarquia, ainda que eu tenha de ser o último dos homens, pisado, esmagado, triturado. Esses valores se confundem comigo, com minha vida. Aconteça o que acontecer, a eles devotarei minha existência; esse é o caminho que vou seguir”.
Quer dizer, pela misericórdia de Nossa Senhora, aos 12 anos, em termos mais adequados à mentalidade de uma criança, essa decisão estava inteiramente fixada na minha alma.
(Extraído de conferência em 1973)