AEm 7 de junho de 1909 recebeu Dr. Plinio as águas batismais na igreja de Santa Cecília, em São Paulo. Para ele, uma data repassada de inestimável significado, pois assinalava sua condição de cristão e filho de Deus, bem como a sua acolhida no seio da Santa Igreja Católica. Mais tarde, quando homem feito, o aniversário de seu Batismo era ocasião de se comover de modo particular. E não foi diferente naquele ano de 1978 quando, diante de um auditório repleto de discípulos, a celebração dessa data o emocionou até as lágrimas:
Muitos me viram nos momentos de maior aflição, como me viram também nos momentos que poderiam ser chamados de triunfo. Viram-me nas mais variadas circunstâncias da vida quotidiana. Porém, nunca me viram — nem no dia da morte de minha mãe — tão emocionado como no momento em que se comemora o meu Batismo. Inesperadamente para mim, e a despeito de minha placidez habitual, essa emoção veio, veio inteira, a tal ponto que eu tive de me conter, quando ouvi referência a um “varão católico apostólico romano”. Porque é o que eu desejo ser: filho da Igreja!
[Mais de uma vez a voz de Dr. Plinio embarga, e ele chora.]
Nesta festa de comunicação de almas, em que os senhores agradecem a Nossa Senhora o dom, que eu amo desmedidamente, de pertencer à Igreja, recompensa demasiadamente grande que me foi dada antes de eu merecer, eu desejaria que os senhores quisessem a Igreja Católica como eu a quero.
A vários neste auditório eu conheço há trinta, talvez há quarenta anos. A eles todos, continua-mente, não tenho feito outra coisa senão dizer: “Amai a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, aquela Igreja a quem amo tanto, que me sinto até incapaz de falar sobre ela. E simplesmente ao lhe pronunciar o nome, já sou incapaz de dizer o mundo de elogios e de amor que em minha alma existe!”
A atitude de minha alma em todos os dias, em todos os minutos, em todos os instantes é procurar com os olhos a Igreja Católica e estar imbuído do espírito dela. E se ela for abandonada por todos os homens, na medida em que isto seja possível, sem que deixe de existir, tê-la inteira dentro de mim. Viver só para Ela, de tal maneira que eu possa dizer, ao morrer: “Realmente, fui um varão católico e todo apostólico, romano! Romano e romano!”
(Extraído de conferência em 7/6/1978)