jueves, noviembre 21, 2024

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Onde encontrar a felicidade?

“Eforam felizes para sempre…”. Estes termos, que invariavelmente terminavam os contos de fada dos nossos tempos de criança, refletem a ânsia do ser humano pela felicidade. Os documentos mais remotos da história mostram como, desde sempre, os homens se perguntavam no que ela consiste. Em geral, não encontraram a resposta. Ou, pior, acharam uma solução falsa.

Muitas pessoas se iludem, por exemplo, com a consideração de que a felicidade consiste em ter muito dinheiro, para poder dar vazão a todos os caprichos, realizar todas as fantasias (inclusive as ilícitas), fazer tudo quanto a imaginação sugerir.

Vez ou outra, uma tragédia vem lançar sombra sobre essa idéia. Foi o que ocorreu no fim de novembro passado, com o suicídio do filho de um grande industrial — e herdeiro da maior fortuna da Itália. Renunciando a tudo o que possuía, saltou de uma ponte rumo ao vazio.

Há perto de uma década, um infortúnio semelhante provocava estupor generalizado: o suicídio de Cristina Onassis. Filha do célebre armador grego que passava por ter a primeira fortuna do planeta, Cristina vivia num luxo inimaginável. Quando o pai morreu, ela herdou aquela fábula de dinheiro e continuou a viver no fausto. Dispunha de tudo o que sonhasse.

Seu triste fim foi uma excelente oportunidade para Dr. Plinio mostrar as frustrações e equívocos dos que correm atrás das fátuas delícias do mundo: “Ela freqüentava os maiores hotéis”, comentou ele, “tinha as relações sociais mais altas, aparecia nas revistas de moda mais elegantes, realizava os sonhos mais extravagantes, como mandar construir uma casa de campo que era um verdadeiro porta-jóias, tão rica que, dentro, tudo não era senão rubi, brilhante e safira.

“Nada disso, porém, a satisfazia. Sentia o vazio da vida e se perguntava: quem sou eu? Para que estou aqui? Que bagunça é essa? Tinha tudo, mas não encontrava explicação para nada. Se alguém lhe tivesse elucidado as razões de viver, ela poderia ter acertado a sua existência. Mas nem seu velho pai entendia essas perguntas, nem depois dele alguém as respondia.

“Uma vida assim, ao invés da felicidade, traz um estado de tensão e de saturação que leva ao que ocorreu. Certo dia, ainda moça, estando ela em Buenos Aires num grande hotel, matou-se.”

E Dr. Plinio imaginava o que poderia ter acontecido se, naquele hotel, tivesse se apresentado à milhardária grega um ardente devoto da Santíssima Virgem, que lhe presenteasse uma imagenzinha de Maria Auxiliadora. O entusiasmo marial do visitante poderia tocar a moça, levando-a a fitar com piedade a imagem de Nossa Senhora, e receber uma graça de conversão. E concluía Dr. Plinio: “Nossa Senhora teria sido, assim, verdadeiramente auxiliadora, não dando a Cristina nenhum bem da Terra, mas  um bem do Céu. Qual? Um olhar cheio de pureza,  de castidade, de compaixão, repleto de perdão, de afeto, e que tivesse para ela apenas o significado dessas três palavras: ‘Minha pobre filha’. Esta graça de Nossa Senhora teria afastado das mãos da jovem o revólver suicida; teria afastado dela a morte criminosa e pecadora.”

Teria infundido naquela alma tão desafortunada a noção e a sensação da verdadeira felicidade — que ela tanto procurava e em nenhum lugar encontrou.

Sobre este tema, o leitor encontrará, na presente edição, comentários inéditos de Dr. Plinio.

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