domingo, noviembre 24, 2024

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Primeira viagem à Argentina

Em 19 de julho de 1956, Dr. Plinio partia para Buenos Aires, de onde regressaria no dia 30 do mesmo mês. Entre as muitas recordações dessa viagem, ele contou depois:

Em 1952, estando na Europa, encontrei-me com um sacerdote francês que tinha orientação igual à nossa. Havendo pedido a ele que me pusesse em contato com meios católicos europeus nos quais pudesse estabelecer relações, ele me respondeu:

— Só posso lhe dizer o seguinte: vá à Argentina.

Ora, naquele tempo sabia-se muito pouco no Brasil a respeito da América hispânica. Eu mesmo só tinha uma noção sumária a respeito da Colômbia e do Equador, por exemplo. Eram difíceis as comunicações com os países do bloco sul-americano. Em geral, viajava-se de navio, sendo mais fácil o brasileiro se dirigir à Europa. Tudo somado, eu julgava não haver interesse em visitar a América do Sul. Entretanto, segui o conselho do padre, e fui com alguns amigos a Buenos Aires.

Seguindo o conselho de um sacerdote amigo, Dr. Plinio dirigiu-se à vizinha nação platina, onde manteve promissores contatos para o futuro de seu apostolado. Abaixo, alguns momentos da primeira viagem que ele fez à Argentina

Durante toda a permanência lá, ia fazendo as minhas análises e acumulando meus apontamentos mentais. Voltei com uma impressão muito marcada a respeito da nação platina. Percebi tratar-se de um povo muito preservado do ponto de vista religioso e moral. Antes eu supunha que a América do Sul fosse um pântano de liberalismo e laicismo como outros lugares. Nada disso. Vi grande número de pessoas rezando nas igrejas; e igrejas lindas, sérias, com imagens de santos de fisionomia combativa. Na rua, pessoas que andavam com dignidade, garbo, e denotando espírito de audácia, o que me agradava. Verifiquei também que a Argentina herdou da Espanha um espírito denso de catolicidade, fenômeno que provavelmente se repetia nas outras ex-colônias espanholas. Foi para mim uma revelação.

Conclusão: o futuro de nosso apostolado, em matéria de relações exteriores, pelos menos durante muitos anos, seria a América do Sul.

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