Voltando de uma viagem à Europa, Dr. Plinio desembarca na capital de Pernambuco. Seu propósito era duplo: visitar seus parentes pelo lado paterno, os Corrêa de Oliveira, senhores do histórico Engenho Uruaé, assim como o Padre José Aparício, SJ, antigo confessor da Irmã Lúcia (uma das videntes de Fátima), sacerdote que já tinha fama de santidade.
Do encontro de Dr. Plinio com o célebre jesuíta lusitano — então reitor do Colégio Nóbrega — restou-nos um significativo testemunho, registrado pelo Padre José Leite, SJ, na coleção “Santos de cada dia”, vol. III, seção “Portugueses a caminho dos altares”:
“O grande escritor e pensador brasileiro, Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, escreve: ‘Tive com o Padre José Aparício um contato fugaz, mas que me deixou grata e duradoura impressão. Havia chegado a meu conhecimento que estava residindo em Recife um virtuoso Sacerdote jesuíta, o qual fora confessor da Irmã Lúcia. Era plausível que o contato entre o referido confessor e a sua piedosa penitente não se tivesse cingido ao confessionário, e que assim o Revmo. Padre Aparício tivesse algo a contar de interessante sobre a vidente de Fátima. Foi com o intuito de colher dados sobre esta que procurei o Padre Aparício.
“Nessa oportunidade, pude apreciar nele, em grau pouco comum, qualidades valiosas. Sua acolhida extremamente amável não excluía uma grande dignidade de trato, que incutia verdadeiro respeito. Seu espírito, inquestionavelmente embebido de fé, tinha uma circunspecção que se conjugava harmonicamente com certa forma equilibrada de arrojo. Sentia-se nele uma profunda consciência de seu sacerdócio, e de sua condição de filho de Santo Inácio’.”