“A Virgem e o Menino”, escola flamenga do séc, XVI

Em sua justiça infinita, Deus tem razão de queixa de todos os homens. Apesar disso, deixou-nos sua Mãe como nossa própria Mãe, e Maria tem para conosco todas as ternuras, bondades, afagos, perdões, as suaves adaptações de que o amor materno é capaz. Sabendo que o afeto de Nossa Senhora por nós é maior que o de todas as mães terrenas juntas em relação a um filho único, podemos estar certos de que Ela nos obterá de Deus o perdão ao qual não temos direito, a generosidade que não merecemos, a complacência à qual não fazemos jus por causa de nossas misérias.

Por piores e inúmeros que tenham sido nossos defeitos, se confiarmos e esperarmos na Virgem Santíssima, à nossa claudicante fidelidade corresponderá da parte d’Ela uma absoluta misericórdia. Pelos méritos de seu imaculado sorriso junto a Jesus, Maria nos alcançará a bem-aventurança eterna.