Quando sobrevier a aridez em nossa vida espiritual e já não sentirmos a unção da graça bafejar nosso apostolado empreendido com inteira dedicação, saibamos que a Providência assim o permite para que outros sintam o que não sentimos, vejam a luz dessa graça que não vemos, enlevem-se com ela, quando não nos enlevamos. Ao apóstolo que aceita tal provação em favor do próximo, pode-se aplicar o elogio magnífico da bem-aventurança pronunciada por Nosso Senhor diante da incredulidade de São Tomé: “Tomé, creste porque viste; felizes os que crêem sem ter visto” (cf. Jo 20, 29).

Bem-aventurados os que, por desígnios de Deus, eventualmente deixem de ver, embora continuem a acreditar no que viram. Estarão comprando graças inestimáveis para seus semelhantes.