viernes, noviembre 22, 2024

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A essência da Revolução

Enganar-se-ia quem pensasse que o objetivo da Revolução se cinge apenas em destruir este ou aquele direito de pessoas ou famílias. Como bem nos adverte Dr. Plinio nos tópicos transcritos a seguir, o processo revolucionário visa, sobretudo, a extinção da única ordem verdadeira entre os homens, isto é, a ordem havida na Civilização Cristã.

Qual o sentido do termo “Revolução”?

“Damos a este vocábulo o sentido de um movimento que visa destruir um poder ou uma ordem legítima e pôr em seu lugar um estado de coisas (intencionalmente não queremos dizer ordem de coisas) ou um poder ilegítimo“ (p. 57-58).

Revolução cruenta e incruenta

Que tipos de revolução pode haver?

“Neste sentido, a rigor, uma revolução pode ser incruenta. Esta de que nos ocupamos se desenvolveu e continua a se desenvolver por toda sorte de meios, alguns dos quais cruentos, e outros não (p. 58).

Cite exemplos de revolução cruenta e revolução incruenta.

“As duas guerras mundiais deste século [XX] (…), consideradas em suas conseqüências mais profundas, são capítulos dela, e dos mais sanguinolentos. Ao passo que a legislação cada vez mais socialista de todos ou quase todos os povos hodiernos constitui um progresso importantíssimo e incruento da Revolução (p. 58).

Amplitude desta Revolução

A finalidade da Revolução é derrubar autoridades legítimas?

Mais ainda do que uma ordem de coisas legítima, é uma visão do universo e um modo de ser do homem, que a Revolução pretende abolir, com o objetivo de substituí-los por outros radicalmente contrários

“A Revolução tem derrubado muitas vezes autoridades legítimas, substituindo-as por outras sem qualquer título de legitimidade. Mas haveria engano em pensar que ela consiste apenas nisto. Seu objetivo principal não é a destruição destes ou daqueles direitos de pessoas ou famílias” (p. 58).

Destruição da ordem da Civilização Cristã

Qual o principal objetivo da Revolução?

“Ela quer destruir toda uma ordem de coisas legítima, e substituí-la por uma situação ilegítima. E ‘ordem de coisas’ ainda não diz tudo. É uma visão do universo e um modo de ser do homem, que a Revolução pretende abolir, com o intuito de substituí-los por outros radicalmente contrários.

“Neste sentido se compreende que esta Revolução não é apenas uma revolução, mas é a Revolução” (p. 58-59).

Que “ordem de coisas” a Revolução vem destruindo?

“A ordem de coisas que vem sendo destruída é a Cristandade medieval. Ora, essa Cristandade não foi uma ordem qualquer, possível como seriam possíveis muitas outras ordens. Foi a realização, nas circunstâncias inerentes aos tempos e aos lugares, da única ordem verdadeira entre os homens, ou seja, a Civilização Cristã” (p. 59)1.

1) Para todas as citações: Revolução e Contra-Revolução, Editora Retornarei, São Paulo, 2002, 5ª edição em português, 254 páginas.

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