Dr. Plinio ao lado da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, em maio de 1973.

Em maio de 1973, o Movimento fundado por Dr. Plinio foi honrado com uma ilustre visita: a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, a qual havia vertido lágrimas miraculosamente em Nova Orleans no ano anterior.

Para celebrar tão augusta visita, Dr. Plinio promoveu uma consagração de seus seguidores à Santíssima Virgem, segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort. No dia seguinte, Dr. Plinio, em reunião, narrou o que se passara consigo durante a visita:

A impressão que me causou a ação de Nossa Senhora por meio de sua Imagem Peregrina, foi a de um grande recolhimento sacral. Pode ser algo subjetivo, mas foi como eu senti sua ação de presença.

Ela dominava de tal maneira o ambiente onde estava, que não era possível a ninguém fazer outra coisa senão olhar para ela; Nossa Senhora atraía os olhares com muita doçura, fazendo com que todos se sentissem envoltos por uma espécie de sacralidade suave, mas profundamente séria. Em meus sessenta e quatro anos de vida, jamais vi algo tão sério quanto aquela imagem.

Ela conduzia o espírito às cogitações mais extraordinárias, de um lado; mas de outro lado, ela era muito profunda, tocava os corações naquela parte da alma que São Paulo chama “a juntura entre a alma e o espírito”.

Nossa Senhora comunicava sobremaneira o afeto materno. Entretanto, era o afeto de uma mãe triste, isolada na sua tristeza, como alguém que chora sozinho à espera de quem lhe venha consolar. O convite ao “co-pranto” era evidente naquela imagem.

Em certos momentos, eu tinha a impressão de a imagem estar mais pungente do que em outros. Era algo sobrenatural, fruto da graça. Depois, esta impressão ia diminuindo até passar inteiramente, e eu, então, a olhava e não via senão uma bonita imagem, feita com muita piedade. De repente, a impressão primeira voltava, e eu, ao fazer uma vênia diante dela, tinha a sensação de que Nossa Senhora ia falar-me. A meu ver, isso significava claramente o fator sobrenatural de sua presença.

(Extraído de conferência de 14/5/1973)