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Voltemo-nos para o Menino Jesus…

Na expectativa de mais um Natal, e na comemoração dos 107 anos do nascimento de Dr. Plinio, meditemos uma mensagem natalina gravada por ele em 1992, cuja atualidade permanece e faz-se, hoje, muito mais clamorosa do que há duas décadas.

Nós nos encontramos numa situação dominada completamente pelo caos. Não há um aspecto da vida política internacional contemporânea na qual não se note a confusão.

Junto ao berço do Menino Jesus não é o momento de estarmos rememorando tantas atitudes mal feitas, mal pensadas, mal planejadas, porque não as presidiu o Espírito de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O segredo da organização adequada de todas as coisas da vida terrena se encontra na canção que os Anjos entoaram, na noite de Natal, para os pastores maravilhados: “Glória a Deus no mais alto dos Céus e paz na Terra aos homens de boa vontade.”

Quando todos os homens reconhecem a majestade, a onipotência, a santidade, enfim, o acúmulo de todas as perfeições que há em Deus, no mais alto dos Céus, e O glorificam por isso, então nascem no coração dos homens aquelas boas disposições de espírito pelas quais eles se tornam homens de boa vontade.

Se nos lembrarmos de que essa noite de Natal é uma noite de misericórdia e de bondade, de perdão e de esperança, que próxima ao berço do Menino Jesus está Nossa Senhora — cuja prece junto a seu Divino Filho é onipotente — e que Ela tem um coração de Mãe que ama mais cada um dos homens do que todas as mães do mundo amariam a seu filho único, e que, portanto, Ela está na disposição de nos obter do Divino Infante o perdão de nossas faltas, a emenda de nossos erros e defeitos, e o propósito firme de seguir em tudo a Lei de Deus, se tomarmos isso em consideração, compreenderemos que, por mais forte que seja o mal, todas as portas da esperança estão abertas para nós, desde que nos voltemos para o Menino Jesus nascido em Belém.

É para essa esperança consoladora que eu quero atrair a atenção de todos.

Desejo que, quando os sinos tocarem à meia-noite anunciando que o Natal chegou, os povos estiverem se dirigindo, tranquilamente, para assistir ao Santo Sacrifício da Missa, e as famílias forem, em grupos, rezar aos pés do Santo Presépio, todos se lembrem dessa grande esperança e, deixando de lado as aflições da hora presente, compreendam o que disse o Apóstolo: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre.”(Hb 13, 8).1

1) Excertos da mensagem de Natal de 18/11/1992.

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