No cerne da metamorfose do processo revolucionário encontra-se a revolução nas tendências que, desordenadas, começam por modificar os costumes. Fazendo clarividentes explicitações sobre os tipos humanos produzidos pela Revolução, Dr. Plinio estabelece um nexo entre o indivíduo e a sociedade, e demonstra como toda uma civilização agiu como se fosse uma imensa cabeça humana.
Estudemos, agora, a época que poderíamos chamar “era mística” da Revolução. Os pragmáticos do fim da Idade Média começaram a gostar demais dos prazeres lícitos: muitas comedorias, bailados regionais, enfeites em todas as coisas. O próprio estilo gótico, que era muito austero, começou a se tornar florido. Tudo principia a sorrir e um desejo imoderado de prazer, embora ainda honesto, começa a dominar o Ocidente cristão.
Sentimentalismo psíquico
Vemos, assim, como este processo é exatamente o que se dá com uma pessoa humana. Uma vez dado o primeiro passo, a Revolução logo atinge o segundo grau de corrupção, em que os espíritos, abandonando um pouco a ideia do Céu, começam a conceber de um modo mais ou menos laico certas ideias em voga na Idade Média.
Assim, por exemplo, a ideia de honra. É a época em que o cavaleiro, pela honra de sua dama, faz um duelo, em oposição ao cavaleiro medieval antigo, bastante sagaz para não duelar pela honra de uma dama.
Começam também os torneios; os menestréis e os trovadores dão um ar de amor e de honra à sociedade, cheia ainda de misticismo, mas de um misticismo laico. A dama medieval desta época ainda estava muito longe da dama frívola dos séculos que se seguiram; era quase régia. À noite, quando a Lua iluminava a torre do castelo, ela se dirigia a uma pequena sacada para ouvir, vinda de longe, uma canção interpretada ao som de um alaúde; terminado o canto, ela, com suas tranças louras, sorri e joga uma flor.
Tudo isto termina numa explosão de sentimentalismo psíquico. Não aparece ainda o sentimentalismo físico: a sensualidade está em gestação, já contida neste estado de espírito, mas não aflorou à superfície.
Ódio à lógica
Neste período fala-se ainda no amor inspirado nas virtudes. A minha dama, dizem, é a mais pura, a mais bondosa, a mais caritativa, a mais piedosa. Aparece, por outro lado, a ideia da beleza, mas de uma beleza que é mais harmonia dos traços físicos, espelho apenas, e em certos casos, da beleza moral.
Entretanto, como não poderia deixar de ocorrer, a sensualidade começa a se fazer notar. As canções trovadorescas do tempo, sob o pretexto de detalhar a beleza, fazem o elogio dos olhos, da tez, dos cabelos, e, finalmente, do aspecto físico. Compreende-se facilmente a que abismos isto conduz. É a sensualidade que principia a nascer dentro dos invólucros do sentimentalismo.
Com isto a Revolução A começa a afastar-se do plano lógico. O homem sentimental, e muito mais do que ele o homem sensual, não gosta da lógica. Esta lhe parece fria, dura, inclemente. Cada palavra sentimental é para ele como um acorde musical; cada argumento lógico uma pancada de martelo dada num prego que penetra em sua cabeça. Ele detesta a lógica e, consequentemente, começa a engendrar sistemas filosóficos que a deturpam e corrompem. É o início da decadência da Escolástica e do aparecimento de uma filosofia pseudoescolástica. Inicia-se a revolta e com ela a preparação do terreno para outra era da revolução tendenciosa.
O fidalgo da Renascença
Passamos, então, da era mística para a era heroica da Revolução, onde vamos encontrar o fidalgo da Renascença, tão diferente do fidalgo medieval.
O fidalgo da Idade Média é uma espécie quase sublime de cavaleiro: vive envolto num misticismo católico, muito distinto daquele que encontramos no fim dessa época histórica; está embebido por toda uma visão sobrenatural da Cavalaria e de sua missão divina.
Na Renascença, pelo contrário, o fidalgo nada mais tem de místico: é um homem – mais do que isto –, um super-homem heroico, olímpico, clássico, tem todas as paixões dominadas. Belo, inteligente, culto, dança admiravelmente, raciocina maravilhosamente, manda, governa e guerreia como ninguém. Bailarino, estadista, guerreiro e, sobretudo, artista, gosta da beleza em todas as suas formas, do esplendor da vida e de gozá-la inteiramente. Tem riso largo e distinto, e olhar dominador que se estende sobre os outros como uma montanha que domina toda a paisagem que se lhe estende aos pés.
O fidalgo da era heroica tem a sua mais alta personificação naquele que foi o símbolo de toda uma época histórica: Luís XIV. Brilhante, nobre por excelência, dominador, distinto, com um só olhar ele fulminava, com um só sorriso encantava e premiava, com uma só palavra fazia com que os exércitos se deslocassem. Apenas a sua presença criava um ambiente. Teve artistas para que construíssem em torno de si toda uma civilização. Jardins, tapeçarias, espelhos, palácios, músicas, danças, tecidos, homens, tudo foi moldura para a sua pessoa. Em uma palavra, um verdadeiro super-homem dominando a todos e a tudo, mas tendo já longe de si o Céu, para o qual os homens não mais voltavam os olhos, a não ser para o céu – o firmamento – a fim de fazer estudos de astronomia…
O homem segundo o espírito e o estilo de Luís XIV
Esta espécie de epicurismo bem se exprime num episódio da história de Luís XIV, em que a França atravessava um longo período de paz. Os húngaros foram atacados pelos turcos. E como os franceses do tempo gostavam de combater – e a França vivia a sua grande época de glória militar –, um destacamento de nobres franceses, chefiados por um príncipe da Casa Real, pediu licença ao rei para ir combater na Hungria.
Ao chegar o dia da batalha contra os turcos, os franceses se apresentam em ordem de combate: cabeleiras frisadas e empoadas, e elegantes em seus cavalos. Os turcos, que os olham de longe, veem aquela carga avançar e pensam que se trata de um exército de moças; não lhe dão importância. E aquelas “moças” se abatem sobre os turcos como um turbilhão e os derrotam no primeiro ataque.
Era bem o homem do tempo. Quase tão gracioso como uma dama, quase tão heroico como uma figura mitológica, guerreiro e bailarino ao mesmo tempo, e capaz, além do mais, de conversar como um letrado. Era o homem segundo o espírito e o estilo de Luís XIV.
Neste homem, entretanto, o sentimentalismo havia evoluído. Achava-se já que a impureza era uma glória para o homem, e que conquistar senhoras era tão glorioso como conquistar cidades. E isto a tal ponto que não mais se compreendia o verdadeiro conquistador de cidades sem que também fosse um conquistador de honras femininas.
O Luís XIV das dignidades e das solenidades foi também o das concubinas. E todos os fidalgos lhe seguiram o exemplo, numa época em que a vida já tinha um caráter nitidamente sensual, e em que o amor, atrás de um modo de ser aristocrático e polido, na verdade encobria uma grande impureza.
Bailarinos adamados e frágeis
Nas vésperas da Revolução Francesa isto chegou a tal ponto que marido e mulher, na maior parte da alta aristocracia, casavam-se sem amor, por dinheiro, e levavam vida separada. Quando um dos esposos dava uma recepção, convidava o outro cônjuge. Os convivas ao entrar eram anunciados por alabardeiros que, à chegada do cônjuge convidado, diziam apenas Madame ou Monsieur, o qual ou a qual entrava como se fosse um hóspede. Marido e mulher irem juntos ao teatro era imensamente ridículo; manifestarem amor recíproco parecia grotesco. Tornava-se necessário levar uma vida em que se tivesse a impressão de que o casamento era um preconceito superado, antigo e ridículo.
Mas após esse período produziu-se um deslocamento. Do guerreiro-bailarino passou-se ao simples bailarino; por mais surpreendente que pareça, este derrotou o guerreiro. Na época de Luís XIV, o combatente era bailarino e o bailarino, combatente. Ao tempo de Luís XVI, os nobres eram apenas bailarinos, adamados, frágeis, usavam grandes saltos vermelhos, lencinho na mão, perfumes, ar encantador, anéis, rendas e berloques. Em batalhas, em luta, nem se pensava; não mais havia espírito de combatividade.
Do lado afetivo, esse homem via suas relações sob a forma de uma espontaneidade encantadora, era risonho e gentil, gostava de moças risonhas e gentis. O colorido utilizado era sempre cor de rosa muito claro, azul muito diluído, verde pistache. O ambiente era o das músicas muito delicadas. E em tudo isto a sensibilidade solta começava a rugir num amor livre desbragado. Esta situação prolongou-se até estourar a grande catástrofe, a Revolução Francesa.
Do romântico ao dandy, o homem utilitário
E passamos, no século XIX, da era heroica para a era humana da Revolução. O teatro, por exemplo, se modifica. Aos personagens do teatro clássico, sempre hierático, no estilo de Racine1, sucedem-se os românticos. Mendigos e aleijados entram em cena. São as peças de um Victor Hugo2, repletas de rugidos, de paixões desbragadas e de crimes; é toda uma explosão da sensualidade humana que vai crescendo e aflora no teatro e na literatura. O crime, o concubinato, o incesto e as piores paixões humanas são apresentados com colorido, indispensável para dar vivo interesse às cenas.
E, o que é pior, isto se torna realidade na vida. O crime aparece claramente sem os invólucros de outrora, e começa a se tornar dominador.
Nascem daí diferentes tipos humanos, no período que vai desde 1850 até nossos dias. O primeiro deles é o dandy.
Chateaubriand3 compara o elegante do romantismo com o de seu tempo. O romântico apresentava-se cuidadosamente mal vestido, trajando roupa muito boa e bem cortada em tristonho desalinho, cabelo solto ao vento e um ar infeliz; era um homem que procurava uma felicidade perdida. Em geral, era um tanto doente e até ficava bem ser ligeiramente tuberculoso; tossia um pouco e andava tristonho.
Depois dele aparece um tipo diferente, que a Chateaubriand horripila: o dandy inglês. É o homem oposto ao romântico. Passa muito bem, goza de esplêndida saúde, sempre bem penteado, bem vestido, rico e não querendo saber de tristezas. A alegria é que lhe embeleza a vida, a qual se obtém com o dinheiro. Logo, o importante são o dinheiro e os negócios. Assim, boa saúde, vida cômoda, gargalhadas, dança e ouro caracterizam a nova época; é o homem utilitário.
O bilontra, o “almofadinha”, o “tubarão”, o homem mecânico
Ao lado do dandy surge o tipo burguês, que mais uma vez encontrou num membro da Casa Real da França a sua expressão: o Rei Luís Felipe, que passou para a História com o título de “rei guarda-chuva”. É tipicamente o burguês, e não o dandy. Este tem muito de estouvado e de aristocrático, enquanto que o burguês é gorducho, bem instalado na vida, sólido, com roupas resistentes, realista, não se ocupa com Literatura nem com Política, e muito menos com ideias, só se interessa por dinheiro, economiza e acumula. Sua casa é grande e confortável, tudo é sólido e estável, possui grandes propriedades no interior, explora estradas de ferro. Começa a fazer negócios na Ásia e na África, que lhe dão muito dinheiro.
Há, por outro lado, uma espécie de genealogia pela qual o dandy do tempo em que Chateaubriand era velho deu num outro tipo: o bilontra. Este era sucessor do dandy ao estilo francês: cabelo cheio de pomada, bigode, monóculo preso com uma fita de veludo, polainas com feltro, bengala e cintura bem apertada. Conhecia todas as artes de salão, bem mais negocista que seu antecessor, porém muito mais pobre, mesmo porque a vida de sociedade tornara-se cada vez mais ruinosa. Sabia, entretanto, viver de expedientes. O bilontra daquele tempo deu no “almofadinha” de 1920, o qual por sua vez produziu o grã-fino bem aprumado.
O homem de negócios também teve sua genealogia. O homo economicus do século XIX deu no “tubarão” de hoje. Por sua vez, os que naquele tempo não eram nem uma coisa nem outra, o político, o funcionário público ou o pequeno burguês deram no robot de nossos dias, o homem mecânico, a quem se ordena e ele faz.
Esta é a evolução que, no plano A, nos levou do cavaleiro andante, ainda com a cabeça cheia de quimeras de uma cavalaria laicizada e a caminho da imoralidade, até o playboy do século XX.
É muito importante notar que a história dessa decadência poderia ser a história de um homem. Muitos decaíram assim, começando como bastante bons católicos, para depois passar a um sentimentalismo que os levou a amarem damas nas nuvens do mais puro amor. Deste estágio passaram a gozadores da vida, conservando, no entanto, certa linha e certo estilo, que também vieram a perder até chegarem à mais completa degradação. É a evolução de um homem em alguns anos, e que a sociedade levou alguns séculos para fazer. Mas o que chama a atenção, e estabelece um nexo entre o indivíduo e a sociedade, é que os itinerários foram os mesmos e os processos os mesmos; toda uma civilização agiu como se fosse uma imensa cabeça humana.
Direita, centro e esquerda
Passemos a seguir ao que se poderia chamar o princípio da dialética interna do homem. Já vimos que há dentro de cada homem uma cathédrale engloutie – sua luz primordial4 submersa – e o seu vício capital. Esses dois polos funcionam em nós como duas forças num jogo dialético.
Também na sociedade humana sempre houve, ao longo dessa evolução, correntes que representaram a cathédrale engloutie, como os santos e as pessoas virtuosas, que a graça até hoje continua a suscitar. Existiu ainda uma parcela imediatista da sociedade humana representada pelo pragmatista. E, por fim, não faltou uma parte péssima, que representou o vício capital.
Disto se conclui que a sociedade humana esteve sempre dividida entre direita, centro e esquerda. Na direita os elementos da Contra-Revolução A, ao centro os pragmáticos e à esquerda aqueles que promovem a Revolução A. Essas três correntes existiram e lutaram entre si de modo semelhante às forças psicológicas que pugnam dentro de cada homem. Lutaram de acordo com aquilo que poderíamos chamar o princípio dos vetores e das mobilizações.
Se considerarmos na sociedade humana uma força revolucionária A no terreno tendencioso e sofístico, e, de outro lado, uma força contrarrevolucionária A no mesmo terreno, teremos que, embora alguns permaneçam nas duas posições extremas, a maior parte das pessoas fica no centro.
Como conduzir o homem pragmático
Assim, os homens sensuais do século XIII não tiveram como consequência imediata o playboy do século XX, mas por uma trajetória oblíqua acabaram por chegar até lá. Qual seria então o modo de dirigir uma sociedade assim dividida?
Imaginemos duas pessoas puxando, cada qual para seu lado, as extremidades de uma corda; aquele que deixar de puxá-la perderá a corda; é preciso puxar cada vez mais.
Aplicando o mesmo princípio num ambiente onde há uma esquerda muito extremada, não devemos procurar agradá-la e dizer que tem uma parte de razão; pelo contrário, precisamos afirmar alto e bom som que seus adeptos estão totalmente errados. O homem pragmático, que ouve isto levado pelo jogo das forças, dirá que somos insuportáveis e que seria necessário apedrejar-nos. Mas, em relação ao esquerdista extremado, afirmará: “Isto também não.” Assim, ele não caminhou para a esquerda. É um verdadeiro cego, pois não percebe, apesar de nos achar um horror, ter sido o solavanco que lhe demos que o levou a ver exageros no comunismo. Antes era favorável à liberdade para os comunistas e simpatizava com o socialismo moderado, mas, pelo princípio dos vetores, como a força com que o empurramos foi hercúlea, ele se deslocou voltando um pouco atrás.
Concluímos, assim, que há uma importante regra da Contra-Revolução segundo a qual, sempre que quisermos conduzir o homem pragmático para um ponto, devemos puxá-lo vigorosamente. Ele virá protestando atrás de nós, mas virá.
Um fraco rei faz fraca a forte gente
Há, entretanto, na origem da Revolução, um ponto misterioso que é preciso assinalar. Embora o que determinou a combustibilidade da floresta foi a falta de líderes e apóstolos santos, seria um exagero atribuir toda a culpa à infidelidade de alguns.
Se de um lado é verdade que o apóstolo ou o líder santo faz um povo santo, não é menos verdade que quando o povo não corresponde à graça de ter um chefe santo, Deus pode reduzir suas graças a um nível mínimo. Assim, é bem possível que a culpa inicial tenha sido de todo o povo. É um mistério que não poderemos desvendar, mas que devemos saber colocar em seus termos bem claros. Não sabemos de quem foi a primeira culpa.
Há o célebre verso de Camões no qual está dito que um fraco rei faz fraca a forte gente. Quando vemos um povo que decai juntamente com o seu rei, é o caso de se perguntar quem deu o primeiro passo: o rei ou o povo. Na Idade Média, teria sido o povo que não correspondeu a reis como São Luís e São Fernando, e Deus não mais lhe enviou Santos que o governassem, mandando em seu lugar reis meninos? Ou, pelo contrário, teria sido um fraco rei que fez fraca a forte gente? Deus o sabe.
Nações-chave
Para concluir a análise histórica da Revolução A tendenciosa, olhemos um pouco para o passado e para o futuro, examinando mais uma vez o problema das nações-chave.
Sabemos que Deus criou uma nação-chave no Antigo Testamento: Israel. Haveria também no Novo Testamento alguma nação-chave? Com toda certeza podemos responder afirmativamente. Porém é necessário distingui-las em dois graus. No primeiro, diríamos que as nações-chave do Novo Testamento são os povos cristãos. Mas – e aqui entramos no segundo grau – dentro dos povos cristãos haverá alguma nação-chave?
São Pio X diz, numa de suas encíclicas, que Deus criou uma nação-chave, um povo eleito, entre os cristãos: a nação francesa. É ela que, naturalmente, influencia o mundo inteiro. No campo das virtudes, por exemplo, quando são praticadas pelos franceses irradiam-se pelo mundo inteiro com grande facilidade. Haverá culto mais difundido que o de Santa Teresinha do Menino Jesus?
Diante disto põe-se um problema penoso e pungente: Esta nação-chave chegou ao fim de seus dias com a tristeza bíblica de nação condenada, como atualmente se encontra. Haverá uma esperança para ela?
Quanto à França eu sou como o judeu em relação ao povo eleito. Amo o Templo, amo as ruínas do Templo, e se essas ruínas se desfizerem em pó, eu amarei o pó que resultou dessas ruínas.
Devo dizer, pois, que tenho a impressão de que a França continuará a ser a nação-chave. Mas assim como outrora tivemos o Império do Oriente e o do Ocidente, e na própria Cristandade havia dois Impérios, o Bizantino e o Romano-Alemão, assim também para as nações antigas teremos, ao lado do Império francês, o domínio e a hegemonia cultural de outras nações, profundamente embebidas daquilo que o espírito latino e francês tem de melhor, mas trazendo também consigo outras seivas.
Estas nações, como todas as nações eleitas, são capazes de conhecer as piores misérias, quando não correspondem à graça de Deus, mas são também capazes das maiores glórias, desde que correspondam à sua graça.
A meu ver, estas nações são as que constituem o mundo ibero-americano.
(Extraído de conferência de 1964)
1) Jean Racine (*1639 – †1699), dramaturgo francês.
2) Victor Hugo (*1802 – †1885), escritor francês.
3) François-René, Visconde de Chateaubriand (*1768 – †1848), escritor e político francês.
4) Expressão cunhada por Dr. Plinio para indicar a aspiração existente na alma de cada pessoa para contemplar a Deus de um modo próprio. Ver Revista Dr. Plinio n. 54 (setembro de 2002), p. 4.