Nunca seremos tão íntimos de alguém como de Jesus na Sagrada Eucaristia. Nem os mais altos Anjos do Céu têm com Ele a forma de união que nós, homens, temos recebendo a Comunhão. Um Anjo não pode comungar, pois não possui corpo. Ele goza da visão beatífica, está inundado de todas as graças do Céu, mas a Sagrada Eucaristia ele não recebe.
Aquele que é a Santidade condescende em vir até nós nas Sagradas Espécies. Que dom formidável permanecer trancado no sacrário o Homem-Deus, até o momento em que chegamos para comungar! Numa hora por nós escolhida, do modo como queremos, Ele vem e nos visita, mais intimamente do que a residência de Betânia, enquanto estava vivo na Terra. Porque naquela ocasião Nosso Senhor entrava na casa, mas não em Lázaro, Marta e Maria. Na Eucaristia, porém, Ele entra em nós.
Apesar da tibieza dos Apóstolos, que naquela mesma noite iriam abandoná-Lo, o Divino Redentor deu com alegria essa prova suprema de amor, e disse: “Desejei ardentemente comer esta páscoa convosco” (Lc 22, 15). Então, quando formos comungar, devemos pensar: “No sacrário, Nosso Senhor está desejando ardentemente ser recebido por mim, apesar de todas as minhas imperfeições. Com confiança irei para a Comunhão.”
(Extraído de conferência de 15/9/1973)