Nosso Senhor Jesus Cristo teve consolações durante a Paixão?
Sem dúvida. Uma delas foi quando Ele pronunciou a primeira canonização da História.
O Redentor conhecia os sintomas pelos quais São Dimas, enquanto se contorcia de dor na cruz, estava se convertendo ao reconhecer que merecia aquele suplício, mas que Nosso Senhor era inocente. Em certo momento, o Bom Ladrão disse-Lhe uma palavra de súplica e adoração:
— Senhor, lembrai-Vos de mim quando entrardes em vosso Reino.
Ao que Jesus respondeu:
— Tu, hoje, estarás comigo no Paraíso!
Esta afirmação das alegrias do Paraíso no momento em que descem as sombras da morte, que consolação!
Alguém dirá: “Mas, Dr. Plinio, debaixo de certo ponto de vista são consolações funéreas, porque todas elas misturadas com a dor.” Eu digo: no entanto, consolações muito maiores do que a de tantos homens entregues ao pecado.
Todos nós, ao longo desta nossa via dolorosa, se perseverarmos, encontraremos consolações. Como e quando será? Nossa Senhora sabe. A nós compete pedir-Lhe uma força cheia de unção interior, de alegria, de bem-estar no meio das dores.
Nosso Senhor recomendou que aqueles que fossem perseguidos por amor à Justiça superabundassem de gáudio, porque grande seria a sua recompensa no Céu.
(Extraído de conferência de 16/11/1984)