O pujante Movimento Católico, que tanto entusiasmou Dr. Plinio em sua mocidade, não foi capaz de satisfazer em sua alma o desejo de servir a Igreja com galhardia. As suas esperanças foram atendidas por Nossa Senhora quando, na Basílica do Carmo, encontrou-se pela primeira vez com um jovem trêfego e saltitante, de espírito audaz e enlevado.
Quando se fala a respeito de isolamento, diz-se algo evidentemente verdadeiro, mas incompleto, se não for compreendido à luz da seguinte realidade: o que o isolamento tem de mais doloroso é o fato de a pessoa identificar-se com um ideal, mas não encontrar quem o entenda. Por isso eu me sentia isolado desde pequeno. A questão não era tanto: “Não me querem como eu quero os outros”. Mas sim: “Eu quero um ideal, um estado de perfeição moral, cujo modo de ser se identifica comigo e ao qual eu me uno como se fosse outro eu”. Explico melhor, para ser bem entendido.
Imaginemos uma pessoa que, amando o plano de santidade e de prosperidade traçado pela Providência para determinado país – ainda que não seja o seu –, fosse obrigada todos os dias a colaborar com a corrupção em que procuram introduzir esse país, e a aplaudir e alegrar-se por vê-lo ser amaldiçoado quotidianamente com toneladas de podridão que, como vermes em uma árvore, lhe corroem a beleza.
Essa pessoa ficaria desolada ao comprovar que daquela nação fora feita uma tal sordície e das suas possibilidades materiais uma tal miséria, bem como por ter de conviver com aquilo como se lhe fosse inteiramente idêntico e conatural, forçada a tomar os ares, os jeitos, as brincadeiras, as galhofas e as imundícies como próprios. Aí vem o isolamento. Por quê?
Diria alguém: “Deixe eles serem como são; você será como é”. Esse é o raciocínio de um ateu. Nós sabemos a rejeição que há contra Deus quando uma nação se constitui dessa maneira, e compreendemos que um profeta – como os do Antigo Testamento – sofra intensamente olhando para essa situação. O Absoluto, que Se refrata naquela nação, é desconsiderado, e todo o povo está de acordo com isso, enquanto o profeta é o único a chorar as águas sujas e as margens poluídas de tal ou qual rio da cidade.
Perspectivas para o Movimento Católico
Lembro-me do Movimento Católico em seu primeiro estágio – que eu ainda alcancei –, na fase em que já havia uma população razoavelmente católica formando uma massa; depois, no período em que esta passou a ser disciplinada em associações, que acabaram por ser colossais. Eu percebia então ser da vontade de Deus que aquilo se transformasse num movimento vivaz, conquistador, que tomasse as cidades, os Estados e, sobretudo que vencesse nas almas e correspondesse ao plano que a Providência tinha para com o Brasil.
Pouco depois de entrar no Movimento Católico, comecei a ter conhecimento de assuntos sobre os quais os jornais brasileiros nunca tratavam, como, por exemplo, a existência de partidos católicos em vários países da Europa, com seus parlamentares, grandes homens que, mais de uma vez, quase tomaram conta do poder.

Pelos documentos pontifícios atinentes a isso, eu via uma esperança dos católicos e da Santa Sé de assumirem o poder público e reformarem o Estado para estabelecer uma ordem temporal católica. Naturalmente isso me levava a perguntar se não se poderia fazer algo semelhante aqui no Brasil e por essa via transformar o mundo inteiro, rumo ao Reino de Maria. Se cada povo conseguisse entender-se a si próprio e, entendendo-se, soubesse realizar-se na linha da santidade, daria numa sociedade de uma beleza difícil de compreender.

Eu pensava e sentia assim: “Ó Brasil, que tens coisas tão pulcras e as tens em tão grande número e, entretanto, tão ignoradas e por ti tão desprezadas, que não sabes o que tu és. Se soubesses o que és chamado a ser, tu te encherias de gáudio, de honra, de devaneio. E serias outro no conjunto das demais nações tuas irmãs!”
Ora, para levar aquela massa de católicos a tal realização, era necessária uma transformação, que deveria começar pelo Grupo do Legionário,1 o qual me estava mais próximo.
O cavaleiro, ideal de santidade
Primeiramente, como deveria ser o tipo humano do Grupo e, em consequência, do católico no Reino de Maria?

O ideal de santificação para mim era a figura perfeita do cavaleiro, exumado da História bem-feita e acrescido dos meus anseios. Não se tratava de uma mera recomposição histórica, mas de um modelo ideal perene, o qual deveria ser conhecido por todos os homens e, de algum modo, caracterizar e animar a ação deles, qualquer que fosse. Era minha tese sobre a Cavalaria. E eu acentuo este ponto: quando uma coisa é verdadeiramente católica, existem os fermentos iniciais necessários para fazer surgir o espírito de Cavalaria.

Esse ideal eu tive, a bem dizer, desde o comecinho, antes de me fazer congregado mariano. Quando eu imaginava o Movimento que eu queria, a essência era essa.
Eu desejava diretamente para os membros do Legionário a mentalidade de par de Carlos Magno, e essa impostação haveria de influenciar a parte mais ativa da opinião pública católica, de maneira a transformá-la. No entanto, eles estavam totalmente inviscerados na sociedade civil burguesa e na “Bagarre azul”,2 donde começou a semifidelidade, que consistia na recusa de tomar esse tipo humano e constituir uma categoria de gente bem ligada ao establishment, servindo-se de sua posição nele para influenciar.
O que eu procurava era gente disposta a provocar um incêndio de combatividade e de heroísmo, e isso não encontrei. Eles eram meritórios, úteis, respeitáveis; porém, tomavam outro rumo. E recebiam bem tudo quanto dizia respeito à Cavalaria, mas como uma quimera, sem entusiasmo.
Lembro-me de uma das vezes em que estive em Roma; fiz o possível para comprar um capacete da Guarda Suíça, a fim de trazê-lo como ornamento para a nossa Sede e destacar assim o aspecto militante da Igreja. Contei a eles, alguns reputaram uma muito boa ideia, decorativa, bonita. Mas não era a reação que eu esperava…

A nobre missão do profeta isolado
Eu, que sabia o que a Providência queria do Movimento Católico, semente de um Brasil católico já começando a germinar, comprovava, entretanto, outra realidade.
Havia procissões presididas por sacerdotes idosos, não cansados, mas envelhecidos; alguns levavam o Santíssimo Sacramento debaixo do pálio, outros, portando insígnias ou paramentos, faziam uma presença de honra. O público de calçada via a procissão passar e algum tanto de povo, um pouco mais movediço, a seguia ou a antecedia.
Eu ia assistir à procissão e via aquilo arrastar-se… Todas as notas do desafinamento eram cantadas sucessivamente… Em dado momento todos paravam um pouco e suspiravam, porque estavam extenuados. De coletivo vivo só havia o suspiro e o cansaço, seguidos da apoteose do desafinamento. Tratava-se de um estado de alma que não queria desgrudar daquela gente e que se sentia eufórico de tal moleza.

Ao que isso correspondia? É muito bonito observar que na Idade Média havia numerosos casos de indivíduos que levavam uma vida profundamente piedosa e exemplar, disseminados por todo o corpo social: reis santos, nobres santos, intelectuais santos, professores santos, pessoas de grande beleza santas. Enfim, os valores humanos, até a beleza, estavam habitualmente ligados à prática da piedade.
Ora, ao longo dos tempos foi se tornando mais frequente um fenômeno inquietante: começaram a aparecer como católicos praticantes e militantes, na ordem intelectual, os mais insignificantes; na ordem nobiliárquica, os menos nobres; na ordem da beleza, as senhoras menos bonitas. Enfim, em todas as ordens representativas de valor humano, houve uma evasão dos elementos preponderantes, cada vez mais conquistados pelo mundanismo, pela trivialidade, pela apostasia. Estes ficaram revolucionários, abandonaram a prática da religião. E a fidelidade foi se conservando nos elementos exatamente menos exponenciais, de um modo tão tremendo e profundo que, por exemplo, entre dois operários, era católico o menos corpulento; entre dois cantores, o de voz mais rachada; se é um violinista muito católico, ele tem um violino no qual falta uma corda… Permaneceu na Igreja o elemento secundário, o beatério, quer dizer, a coleção de todo mundo que é esquisito, torto, esmolambado… E a ideia de certo estilo de católico se identificou com o poltrão, o indivíduo sem coragem…
À medida que o processo revolucionário foi se desenvolvendo, meio como causa, meio como efeito, as graças foram se retirando. Então deu-se esse divórcio, essa situação miserável.

Para um católico de minha têmpera, ver aquilo era sentir-se isolado, não o isolamento romântico de um Robinson Crusoé,3 mas um sentir que Deus estava isolado.
A nobre missão consistia em padecer o que Nosso Senhor Jesus Cristo sofreu no alto do Calvário ao saber que seria abandonado, rejeitado e repudiado dessa maneira. Ele é o Profeta e conheceu o que cada nação poderia vir a ser, mas viu o que de fato seria e o horror que haveria. Ele sofreu por isto e, ou eu sofria o que O fez sofrer, ou não valia nada.
Nesse isolamento no qual Deus estava, não podia permitir-me um sentimento de irmão em relação aos que assim O isolavam, porque seria uma mentira, eu O estaria abandonando. Ele está caminhando com a Cruz, meu papel é ajudá-Lo como o Cireneu, ou investir contra os que O açoitam enquanto Ele carrega a Cruz.
A posição era exatamente esta: “Eu não posso dar o meu consentimento a algo que reflita esse estado de espírito. Mais ainda: não posso fingir dar minha anuência e tampouco aparentar que não estou notando. É preciso que, de um modo ou de outro, percebam que eu mostro e dou a entender que sou diferente. Então vamos!” E começou a batalha.

Durante muito tempo, tive obrigação de ser o cavaleiro que atravessa um pântano de água suja com a cabeça embaixo da água para não receber tiro, com a nostalgia da espada brilhando à luz do dia e com algo dizendo que ela nunca mais brilharia!… E que, para todo o sempre, não haveria para nós a era da Cavalaria.
Havia uma súplica que se cantava na Congregação Mariana de Santa Cecília: “Da pacem, Domine, in diebus nostris, quia non est allius qui pugnet pro nobis, nisi Tu, Deus noster”.4 Quantas e quantas vezes eu rezei nesse sentido! Para Nossa Senhora me dar paz nos meus dias, porque não haveria quem lutasse por mim, a não ser Ela.
Mais tarde, Nossa Senhora me deu um João, grande lutador por mim! Com efeito, uma das surpresas que tive em minha vida foi ter conhecido um moço, bom católico, mas trêfego e saltitante como só ele. Tratava-se de qualidades difíceis de combinar, que nele formavam uma plenitude inteiramente imbricada. Eu admirei, desde os primeiros instantes da vocação dele, o espírito, o enlevo, a galhardia, a audácia.
Lembro-me do João quando o conheci, mocinho, novinho ainda – a ideia que tenho é do meu João Clá de quepe5 –, com a vivacidade que não diminuiu com o curso dos anos, antes se acentuou. É uma qualidade dele que todos conhecem e que se conserva absolutamente como naquele primeiro dia. Eu o sinto como se ele tivesse, por assim dizer, a idade com a qual eu o conheci.
Militante como terceiro da Ordem do Carmo
Quando me tornei advogado da Ordem do Carmo, comecei a tratar com os padres carmelitas e passei a frequentar o convento deles, situado junto a uma grande igreja em São Paulo, na Rua Martiniano de Carvalho. Eles possuíam uma Ordem Terceira, na qual nosso Grupo pediu admissão, e nos receberam muito bem. Em breve tornei-me o prior6 e passamos algum tempo militando como terceiros. Ficava assim um suporte no qual acolher os novos membros que entrassem para nosso Movimento.
Havia anos que não entrava nenhum, até que se deu a vinda dos membros de uma Congregação Mariana que aderiram a nós, e também a fundação de dois grupos de mais moços. Era ar puro, fresco, livre. Todos ingressaram na Ordem Terceira, deixando os padres encantados.
Entre os novos que apareceram por este tempo, encontrava-se este jovem cujo nome ficou para a História: João Scognamiglio Clá Dias!
Concerto na Basílica do Carmo
Certa vez, deram um concerto de música sacra na Basílica do Carmo, ao qual fui assistir. Era uma festa da Ordem; o recinto estava repleto e o povo acompanhava um pouco indolente e modorrento…
Em determinado momento, entrou o João para fazer um solo. Eu nunca o tinha visto cantar. Ele era novato, “enjolras”7 naquele tempo, inclusive fiquei um tanto surpreso de vê-lo entrar e pensei: “Bom, vamos ver no que vai dar”.
De repente, ouço uma voz sumamente aveludada, maravilhosa, de primeiríssima. Foi uma apresentação estupenda… Ele executou alguns números e, já nos trinados iniciais, o ambiente mudou completamente. Acordou a igreja inteira!
Depois eu soube que ele deliberou não cantar mais, e a razão nunca me declarou, não me contou diretamente; e deixei correr o marfim. Contudo, pensava comigo: “Se soubessem que voz se silenciou aqui!…”
Prestando atenção no João, me surpreendia: “Mas como estas três características cabem aí dentro? Como é isso?” De fato, era muito raro ser católico como ele, possuir aquele estilo de voz e ter aquelas agilidades e habilidades.

Creio que o Reino de Maria produzirá homens assim em quantidade!
Solidões na infância
A julgar pelos relatos do João sobre a vida dele, em fragmentos de confidências, parece-me que ele teve uma infância e um período de mocinho muito dolorosos.
A pessoa que possui um grande “thau”8 é chamada a comunicá-lo a vários outros, e só consegue isso quem imergiu longamente na solidão. Uma das múltiplas bênçãos que o João recebeu foi a de ser filho único e ter vivido parte da vida, antes de entrar no Grupo, sozinho, em longas solidões interiores e incompreensões…
Isso fez bem a ele, porque o preservou de más companhias. A solidão é indispensável a fim de o “thau” estar pronto para a entrada no Grupo.
Quem o vê hoje julga: “Esse é um extrovertido! Não tem pano para manga, isso daqui a pouco vai cair, porque lhe falta vida interior”. Ora, o que o João teve de regime monacal!… Ele nunca me contou isso – e creio que a ninguém –, mas vejo que as melancolias, os tédios, os isolamentos dele, em pequeno, foram fenomenais!
Tudo quanto ele possa ter feito durante o recreio no colégio – estou imaginando o João Clazinho com 11 anos na escola… – foi menos do que podemos imaginar vendo-o hoje, e não é nada em comparação com as jardas de tédio na precocidade que ele viveu. Se ele faz apostolado hoje é por causa disso.
Por outro lado, o que deve ter sido a inocência da infância do João… tem que ter sido enorme! O João foi sempre uma pessoa muito preservada. Eu vi fotografias dele em menino, mas era um reservatório, uma usina de inocência, algo extraordinário! E muito generoso desde o começo. Não sei se cada um de nós foi igualmente preservado e generoso. Menino de colo, um pouquinho mais, já estava inteiramente lúcido, já distinguia, fazia política. Ele começou a andar com seis meses.
Primeiro encontro
Narro um fato em nome dele.
Quando ele era pequeno, achava o mundo e a humanidade péssimos, o que o desapontava profundamente; ele não tinha ânimo de tocar a vida adiante à base disso. Ele me contou suas brigas com estes e aqueles parentes.
Então, ele invocava Nossa Senhora pedindo para encontrar um ambiente, um movimento no qual ele se encaixasse – coisa curiosa! –, e rezava para tal esforçadas dez Ave-Marias, às vezes até trinta. Chegava a chorar implorando a Nossa Senhora que lhe obtivesse isso. De maneira que quando ele, afinal de contas, veio a conhecer o Grupo, viu as preces dele atendidas.
Como eu teria ficado contente se soubesse disso no mesmo dia em que nos conhecemos! Ele se lembra bem de onde e como se deu o fato,9 e contou-me em mais de uma oportunidade a impressão profunda e favorável que teve quando viu pela primeira vez os membros do Grupo, vestindo o hábito da Ordem Terceira do Carmo, entrarem em cortejo na Basílica. Na ocasião ele me foi apresentado e nos cumprimentamos.
Tenho a impressão de que, com o João, a vocação manifestou-se logo de início. Era natural que ele, com tal grau de preservação e generosidade, explicitasse a vocação muito rapidamente, vendo nela uma reação contra o mal existente no mundo.
Os problemas eclesiásticos não lhe estavam presentes no espírito, mas sim a ideia da imoralidade. A impostação dele era menos metafísica do que moral, mas com uma repercussão metafísica, quer dizer, como a moral deve ser considerada. Se não há moral, o mundo estoura. Por isso tem de haver Inferno. É a metafísica vista do lado moral e enquanto raiz desta.
Creio que o chamado desabrocha, frequentemente, em vista da crise interna da Igreja e da necessidade de resistir. O João, sem ter uma noção dessa crise, deu-se conta da insuficiência religiosa do clero para resolver o problema do mal no mundo. Ele não saberia formular nos termos que vou empregar, mas daí surgiu nele a ideia de uma forma de perfeição moral inteiramente oposta, a qual haveria de vencer. Depois veio a noção de que essa perfeição – em vista do estado do mundo – só podia existir em poucas pessoas e deveria ter um centro de irradiação.
Tudo no subconsciente, mas estava ordenado assim na cabeça dele quando nos encontrou. Inclusive o princípio axiológico de que isso não podia demorar muito e de que a vitória viria em seus dias estava também na vocação dele. Assim, ele teve a ideia de que a minoria reunida em torno de mim venceria e, portanto, a noção genérica de uma missão: combater e vencer.

De maneira que constatamos a vocação bater na alma dele e chamá-lo bem cedo, mas com isto de interessante: antes, o abandono, a tristeza, as lágrimas, a oração, para só depois ser atendido. Nas vocações mais precoces, também é precoce a vida dura; e aqueles a quem Nossa Senhora ama, Ela prova desde muito cedo. Está aí uma demonstração de um fato que eu reputo em extremo bonito. Ele já me contou diversas vezes, e sempre acho impressionante.
1) Conjunto de amigos que se tornaram seguidores de Dr. Plinio e trabalhavam junto com ele na redação do jornal Legionário (1933-1947), órgão oficioso da Arquidiocese de São Paulo, do qual Dr. Plinio foi diretor. Com o tempo, o termo “Grupo” passou a ser utilizado para designar a obra de Dr. Plinio.
2) Bagarre, do francês: conflito desordenado e profundo. Palavra usada por Dr. Plinio para se referir ao grande castigo de Deus à humanidade, se esta não se voltar para Ele, profetizado por Nossa Senhora em Fátima. Entretanto, a expressão “Bagarre azul” alude ao estado de espírito surgido na época do desenvolvimentismo brasileiro, no qual, mesmo em meio ao caos, as pessoas se deixavam iludir pela prosperidade e pelo avanço da industrialização.
3) Personagem fictício do romance homônimo escrito por Daniel Defoe. Na narrativa, Robinson Crusoé é um náufrago que viveu em uma ilha entre canibais, cativos e revoltosos, até ser resgatado quase trinta anos depois.
4) Do latim: “Dai-nos a paz, Senhor, em nossos dias porque não há quem lute por nós a não ser Vós, Senhor nosso Deus”.
5) Alusão ao período em que ele prestou o serviço militar.
6) Dr. Plinio e os demais membros do Legionário foram admitidos como noviços da Ordem Terceira do Carmo em 20 de junho de 1948, e no dia 3 de julho do ano seguinte fizeram sua profissão. Dr. Plinio tomou o nome de Ir. Isaías de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Em 2 de fevereiro de 1954, com a autorização do Fr. Kiliano Lynch, então Geral dos carmelitas, os seguidores de Dr. Plinio se agruparam como um sodalício, denominado Virgo Flos Carmeli, do qual ele foi eleito primeiro prior.
7) Palavra afetuosa utilizada por Dr. Plinio para designar seus discípulos mais jovens, os quais surgiram aproximadamente a partir de 1970. Havia neles acentuado grau de debilidade, se comparados com aqueles que os antecederam, os da “geração nova” (cf. Dr. Plinio n. 81, p. 17). Entretanto, a Providência concedeu aos “enjolras” uma maior capacidade de se entusiasmar pelo aspecto simbólico das coisas.
8) Denominação de uma das letras do antigo alfabeto hebraico, a qual tinha a forma de uma cruz. Baseando-se no capítulo 9 da profecia de Ezequiel, Dr. Plinio empregava esse termo a fim de indicar um sinal marcado por Deus nas almas daqueles especialmente chamados a rezar e agir em favor da Igreja e da implantação do Reino de Maria.
9) A 7 de julho de 1956, na Basílica de Nossa Senhora do Carmo, localizada na Rua Martiniano de Carvalho, na cidade de São Paulo.