lunes, noviembre 25, 2024

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No dia de Nossa Senhora do Carmo

Pelos meados da década de 40, Dr. Plinio fizera estreita amizade com os frades carmelitas calçados de São Paulo, tendo-se tornado advogado da Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.

Logo que pôde, ingressou na Ordem Terceira do Carmo, e dentro em pouco tornou-se seu prior e mestre de noviços. Em certas ocasiões, a Ordem Terceira promovia, na Basílica do Carmo, na Bela Vista, belas celebrações, como, por exemplo, a adoração noturna mensal. A principal cerimônia anual era realizada no dia 16 de julho. Antes disso, tinha lugar a novena preparatória, que se iniciava no dia 7 desse mês.

Dr. Plinio, sempre adepto e admirador das grandes solenidades, participava nessas ocasiões com muita compenetração.

Durante todos os dias da novena, o evento se iniciava com um cortejo dos irmãos da Ordem Terceira, revestidos de seu conhecido hábito, pelo corredor central da igreja, enquanto no coro um grupo de cerca de quarenta frades, acompanhado pelo órgão e por uma pequena mas muito melodiosa orquestra, executava grandioso cântico.

Com seu físico avantajado, porte ereto e caminhar firme, Dr. Plinio sobressaía entre todos. Mais ainda pelo olhar contemplativo, decidido e analisador, espelho fiel de um coração ardente de amor a Deus.

Num dos primeiros cortejos de que participou, ia ele andado por uma nave lateral, quando observou uma pintura mural na qual Deus perguntava a um profeta: “O que fazes?” E o profeta respondia: “Zelo zelatus sum, pro Domino Deo exercituum” — “Estou devorado de zelo pelo Senhor, Deus dos Exércitos” (1Reis 19,10).

“Não percebi logo que se tratava de Elias” — comentou Dr. Plinio certa vez —, “nem conhecia esse episódio da vida dele. Olhei e pensei: Quando terminar a cerimônia, vou perguntar de que santo se trata, porque esse é o meu padroeiro!”

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