viernes, noviembre 8, 2024

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Fevereiro de 1985: “Ainda que eu caminhe nas sombras da morte, não temerei os males”

Ante um grupo de jovens ansiosos por mais uma conferência, em fevereiro de 1985, Dr. Plinio relembra um período de muitas provações, no qual foi agraciado por uma inesquecível consolação.

Muitas vezes somos submetidos a provações tremendas. É conhecida a história de São Pedro andando sobre as águas. Em certo momento, ele começou a olhar para a água e teve medo. O instinto de conservação aflorou e o Apóstolo começou a afundar; foi preciso o auxílio especial de Nosso Senhor para ele flutuar e caminhar com o Redentor.

Em certas ocasiões, algo semelhante se passa conosco: começamos a fazer uma coisa e, de repente, aquilo parece afundar. A pessoa que se encontra nessa situação deve ajoelhar-se e dizer à Virgem: “Minha Mãe, não tomo a sério o que está se passando. Sei que estou numa situação dificílima, mas Vós permitis isso para provar minha confiança. Eu confio em Vós e vou para a frente.”

E, às vezes, é preciso rezar e esperar durante anos, com uma série de fracassos pelo meio. Um dia, inesperadamente, aquilo tudo se realiza. Esta é a virtude da confiança!

Uma das maiores alegrias que uma pessoa possa ter, seguindo o caminho para o qual Nossa Senhora a chamou, ocorre quando ela passa por um período onde tudo parece ir contra a confiança dela e, em certo momento, vê que seu desejo se realizou.

Lembro-me do tempo em que eu lecionava numa das Faculdades da Universidade Católica, em São Paulo — era professor de História Medieval, Moderna e Contemporânea. Sempre que eu ia a essa Faculdade, ao sair, me dirigia à capela e rezava diante do Santíssimo Sacramento e de uma imagem de Nossa Senhora. Nas paredes laterais da capela havia uma galeria de vitrais, com cenas da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Eu passava por um período de muitas provações e necessitava ter muita confiança. Certo dia, eu estava rezando nessa capela quando normalmente me levanto e olho para um dos vitrais, que representava, se não me engano, a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Na parte inferior desse vitral estava escrito o seguinte:

Et si ambulavero in medio umbrae mortis, non timebo mala — Ainda que eu caminhe nas sombras da morte, não temerei os males.”

E no outro vitral ao lado havia a frase:

In lumine tuo videbimus lumen — Na tua luz veremos a luz.”

Aquilo me encheu a alma; eu compreendi: “É preciso mais confiança! Plinio anima-te! Nossa Senhora te ajudará! Dize a Ela: Minha Mãe, ainda que eu ande nas sombras da morte, não temerei os males, porque Vós me ajudareis. Minha Mãe, na luz de vosso olhar eu verei a Luz!”

(Extraído de conferência de 9/2/1985)

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