domingo, noviembre 24, 2024

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Mãe de Deus, da Igreja e nossa

Nesse período natalino, enquanto muitas almas sedentas de paz no tempestuoso mar dos dias atuais procurarão beneficiar-se das graças do advento de Jesus, recordemos as palavras de Dr. Plinio sobre a Maternidade da Virgem Santíssima que, junto à manjedoura, adora o Menino recém-nascido:

Se o gênero humano pôde se aproveitar da Redenção, é porque a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade se fez homem, pois que o pecado dos homens deveria ser resgatado.

Ora, se Jesus Cristo assumiu natureza humana, fê-lo em Maria Virgem, e assim Esta cooperou de modo eminente na obra da Redenção, transmitindo ao Salvador a natureza humana que, nos desígnios de Deus, era condição essencial [para nossa regeneração].

De mais a mais, Maria Santíssima ofereceu de modo inteiro, e sumamente generoso, o seu Filho como vítima expiatória, e aceitou de sofrer com Ele, e por causa d’Ele, o oceano de dores que a Paixão fez brotar em seu Coração Imaculado.

Assim, pois, a Redenção nos veio por Maria Virgem, e sua participação nessa obra de ressurreição sobrenatural do gênero humano foi tão essencial e tão profunda, que se pode afirmar que Maria cooperou para nos fazer nascer para a vida da graça. Pelo que, Ela é, autenticamente, nossa Mãe. Autenticamente, acentuo, pois que não se trata neste caso de divagações sentimentais ou literárias, mas de realidades objetivas as quais, se bem que sobrenaturais, não deixam de ser absolutamente verdadeiras por isso mesmo que são sobrenaturais.

Convidando os fiéis a adorar o Santíssimo Sacramento, a Igreja exclama na Sagrada Liturgia: “Quantum potes, tantum aude”, isto é, tem o arrojo de amar tanto quanto te permitir o teu coração.

Diante da maravilhosa realidade da maternidade de Maria em relação aos homens, realidade que constitui uma verdade séria, teológica, profundamente substanciosa, o homem deve [trabalhar de modo decidido] para que ele dilate plenamente os limites acanhados de seu coração, sem susto, e singre sem cuidado pelo oceano de amor que se descortina ante seus olhos.

Não são indispensáveis, aí, os artifícios da retórica humana. Uma consideração madura da realidade será suficiente para encher o homem de amor” (Legionário, 10-12-39).

Nas páginas deste número, dedicamos ao sacrossanto mistério natalino belíssimas reflexões de Dr. Plinio que, todos os anos, comovia-se sobremaneira na consideração dos gáudios incomparáveis da noite de Natal.

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