Em meio a seus inúmeros afazeres, obrigações de sua vida profissional, de suas atividades apostólicas e de sua condição de líder do Movimento Católico, Dr. Plinio ainda precisava estar atento a convites para atividades extras que lhe abarrotavam a agenda. Era o que acontecia todo mês de dezembro, quando turmas de formandos de diversas instituições de ensino queriam tê-lo como paraninfo. Dr. Plinio procurava atender ao que fosse possível — sendo obrigado a recusar os pedidos chegados de fora da cidade de São Paulo. Na capital paulista, certos estabelecimentos obtiveram sua presença mais de uma vez, entre os quais o Colégio São Luís, dos jesuítas; o Colégio Arquidiocesano, dirigido pelos Irmãos Maristas; o Liceu Coração de Jesus, dos filhos de São João Bosco; o Colégio Santo Agostinho, da Ordem agostiniana; e a Faculdade Sedes Sapientiae, da PUC, onde ele era professor catedrático de História da Civilização.

Dr. Plinio discursa no Colégio Arquidiocesano de São Paulo; no alto, quando foi paraninfo da turma de 1951, do Colégio Santa Inês

Tido pelos jovens estudantes como modelo de católico ilibado, sincero e desinteressado, estes queriam ouvi-lo na hora em que iniciavam uma etapa decisiva de suas vidas. Com razão podiam esperar dos lábios daquele varão católico uma palavra de orientação segura. Hoje, não é raro encontrar algum daqueles felizes formandos, em cujo coração fincou raízes um dos conselhos recebidos de Dr. Plinio naquela ocasião.

“Não vos direi as gentilezas convencionais ou as promessas falaciosas que já se tornaram de estilo em circunstâncias como esta”, disse ele a uma das turmas. E, para cada nova geração de apadrinhados, tinha ele uma palavra particular, procurando tocar as melhores fibras de suas almas.

Como exemplo, citemos o Colégio Santa Inês, escola normal dirigida por freiras, que teve diversas turmas de professorandas paraninfadas por Dr. Plinio. Em 10 de dezembro de 1951, segundo as anotações de uma das mestras presentes, Dr. Plinio, “ao traçar para suas afilhadas um magnífico programa de bem e de educação, para governarem seu trabalho e obterem os melhores frutos no campo do magistério”, surpreendeu-as, ao lhes descortinar toda a grandeza e sublimidade do caminho que encetavam, mostrando-lhes que “o magistério constitui uma missão quase sacerdotal, divina”.