Mocidade vibrante e sadia,

Deixa a inércia em que estás.

Renuncia à inação criminosa.

De pé! de pé!

Deu a voz de comando Pio XI,

Carrilhonam os sinos de bronze,

Descem do alto seus brados de fé.

Assim cantava a plenos pulmões a multidão de jovens reunidos no “Congresso da Mocidade Católica”, que se realizava de 9 a 16 de setembro de 1928, na igreja do mosteiro de São Bento, em São Paulo.

Entre os mais entusiasmados estava um rapaz de 19 anos que pela primeira vez comparecia a um encontro católico: Plinio Corrêa de Oliveira.

Observando aquelas almas abrasadas de Fé, sentia que se estava formando um exército espiritual, com a finalidade de conquistar as almas e a sociedade temporal para Jesus Cristo. E, ademais, que o chefe dessa ardente legião não poderia ser outro senão o sucessor de São Pedro. Naquele tempo era Pio XI. Mas podeira ser Inocêncio, Gregório ou João Paulo II. Não importa o nome, é sempre aquele mesmo pescador da Galiléia, a quem nosso Salvador prometeu: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o desligares na terra será desligado nos céus” (Mt. 16, 18-19).

Sublime dinastia, que governa um reino colocado entre o céu e a terra, única linhagem que tem a garantia de continuar até o fim do mundo! “O Vigário de Cristo, supremo, sacrossanto, que manda em todos, e indica a hora certa do pensamento humano no relógio infalível de sua mente, que não pode errar, porque Deus o ampara contra o erro” — comentava Dr. Plinio.

Para o jovem Plinio, aquele congresso juvenil católico, celebrado há mais de sete décadas, parecia ser o início de uma grande reconquista religiosa em escala mundial, que teria como ponto de partida o entusiasmo da mocidade católica brasileira. Lamentavelmente, devido a circunstâncias que um dia os historiadores esclarecerão, esse pujante movimento não chegou a realizar a missão que lhe cabia.

Dr. Plinio, de sua parte, jamais deixou esmorecer aquele fervor de outrora pela figura do Santo Padre. Em seu apostolado, tinha como ponto de honra transmitir a todos a mesma devoção inquebrantável por quem é o “doce Cristo na terra”, segundo a expressão de São Bernardo.

Na passagem da festa da Cátedra de Pedro, celebrada em 22 de fevereiro, estampamos na seção “Gesta marial de um varão católico” alguns comentários de Dr. Plinio sobre o Papado. Aí ele conta como se desenvolveu o seu ardoroso amor à máxima autoridade da Santa Igreja.