O jovem Plinio (detalhe) fardado, e o conjunto de sua companhia na Linha de Tiro 52

Nos dias 19 e 20 de junho de 1929, no stand inaugurado pelo Exército havia pouco, em São Caetano do Sul, a “Linha de Tiro 52”, do Tiro de Guerra da Faculdade de Direito, realizou seus testes finais de pontaria. O jovem Plinio, aluno do quarto ano, foi aprovado com o grau “bom”, e recebeu o certificado de reservista.

Aquele foi um ano difícil para o então noviço da Congregação Mariana da Legião de São Pedro, Paróquia de Santa Cecília. Na Faculdade, além dos estudos, ele intensificara a atuação católica num meio hostil à religião; surgiram problemas relacionados ao emprego, e aumentara a pressão do ambiente no sentido de que entrasse na farândola daquilo que naquela época era chamado de “progresso” e “modernidade”, colocando em risco sua perseverança na prática integral da Fé. A tudo isto somava-se ainda um grande tormento espiritual.

“Eram provações interiores terríveis, as mais duras e sofredoras que tive em minha vida” — contou Dr. Plinio um dia. “Mas havia intervalos de consolações, os quais sobrevinham às vezes quando eu me dirigia para os exercícios no batalhão. Não sei por que, sentia-me inundado de paz.

“De acordo com as leis militares daquele tempo, os estudantes universitários cumpriam o serviço militar na própria Faculdade, realizando ali quase todo o treinamento. Também nos exercitávamos no Parque Dom Pedro.

“Havia, além disso, longas marchas. Nessas ocasiões, em razão de um problema de coluna, hereditário, eu tinha uma real dificuldade em andar e, não raro, dores intensas nas plantas dos pés. Com força de vontade, conseguia caminhar trechos até longos, o que me custava muito. Mas os superiores eram bem atenciosos comigo. Quando eu não me sentia em condições de fazer alguma marcha, tomava um táxi e dava carona para o sargento Porto. Íamos então, meu sargento e eu, atrás do batalhão…”