Em fevereiro de 1936 realizava-se em São Paulo a cerimônia de fundação da primeira Escola de Serviço Social no Brasil.

Nos Estados Unidos e na Europa, esse tipo de atividade surgira no início do século XX, a partir das transformações econômicas e do novo relacionamento entre grupos, classes e instituições nelas implicados. Em nosso país, esteve desde o começo vinculado à Ação Católica.

Na escola implantada em São Paulo, destinada a formar assistentes sociais, foi confiada a Dr. Plinio a supervisão das aulas de Prática Social. De seu programa constava — em vez do acirramento da luta e da desconfiança mútua entre as classes sociais — um trabalho de harmonização e de soerguimento, não apenas material, mas também espiritual e cultural dos menos favorecidos, com vistas a fazer reinar a bondade e o bom entendimento.

Jovem líder católico, Dr. Plinio participou da fundação da primeira Escola de Serviço Social no Brasil, disposto a conduzir um trabalho de harmonização e de bom entendimento entre as classes sociais.  Ao lado, ele em 1936, durante uma conferência.

Algo disso ele expôs já na conferência inaugural, naquela tarde de 15 de fevereiro de 1936, como noticiou o jornal “O Estado de S. Paulo”: “Perante numerosa e seleta assistência, no amplo prédio nº 20 do largo Santa Cecília, esquina com Al. Barros, foi solenemente inaugurada a Escola de Serviço Social. […]

“O Sr. Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, que vai conduzir os estudos das aulas de Prática Social, a convite dos senhores diretores assomou à tribuna e produziu substancioso discurso, pondo em realce a inadiável necessidade da criação de um tal estabelecimento de Ensino Social, na hora presente. Dos próprios poderes públicos do Estado vinham as criações [como também] os incitamentos para que a Assistência Social, entre nós, se emparelhasse com o que se estava realizando com grande êxito nas adiantadas cidades do mundo, e servindo de prova prática de que não havia mais razão de se fazer propagandas de caráter comunista e violenta para que, às classes operárias, fossem concedidas as satisfações de suas aspirações; as quais, se tivessem sido atendidas em tempo, disse o orador, teriam extinguido no nascedouro as obras dos destruidores da ordem social, do instituto da família e da religião cristã. Foi este discurso muito aplaudido pela assistência.”