Com apenas 23 anos, advogado recém-formado, Dr. Plinio já se destacava como um dos principais expoentes do laicato católico brasileiro. Na foto, ele é o segundo da esquerda para a direita, durante a reunião de fundação da Liga Eleitoral Católica, presidida por Dom Duarte Leopoldo e Silva, Arcebispo de São Paulo (ao centro).

Em abril de 1932, foi divulgado na imprensa brasileira um manifesto assinado por muitos católicos de renome nos ambientes políticos e sociais de nosso País. Intitulado “Apelo aos Católicos”, exortava todos estes a se unirem em torno dos princípios ensinados pela Igreja, no interesse maior da Religião.

A repercussão foi grande. Dr. Plinio, com apenas 23 anos de idade, advogado recém- formado, já era conhecido como um dos principais expoentes do laicato católico. Assim, foi ele procurado pelos jornalistas para comentar o documento.

Na declaração prestada pelo jovem militante católico ao jornal carioca  Diário Nacional, de 27 de abril, vemos duas regras de ação às quais manteve-se fiel durante toda a vida: a cautela em pronunciar-se sobre temas delicados do interesse da Igreja, e a colocação do ideal religioso acima de quaisquer outras questões.

Eis a matéria publicada:

Procuramos ontem o Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, Redator-chefe de “O Século”, membro do Centro D. Vital e um dos chefes da Ação Católica em São Paulo. O Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, que encontramos em seu escritório na rua Líbero Badaró, manteve a respeito a maior reserva, furtando-se a fazer declarações. Finalmente, dada a nossa insistência, consentiu s.s. em nos adiantar o seguinte: “O último apelo aos católicos revestiu-se de grande significação. A elevada esfera doutrinária e religiosa em que se manteve soube colocar nos seus devidos termos a adesão dos católicos em relação aos problemas políticos e sociais que presentemente agitam a Nação. (…) Não se apressariam, portanto, os católicos, de agir. E quando o fizerem, farão com um elevado critério de idealismo e moderação, e com a preterição absoluta de seus interesses pessoais, em benefício da vitória de sua causa. (…) Fora e acima dos partidos, eis a senha que, no momento oportuno, quando os fatos nos chamarem à ação, saberemos adotar e impor” — concluiu o Dr. Plinio Corrêa de Oliveira.