Apontar os aspectos metafísicos da Contra-Revolução, em oposição aos erros revolucionários fomentados por um orgulho e um igualitarismo exarcebados, constitui um dos mais importantes aspectos de quem almeja para este mundo, a existência de uma ordem em tudo conforme a Nosso Senhor Jesus Cristo. Acompanhemos o ensinamento de Dr. Plinio.
Qual a quinta-essência do espírito revolucionário?
“A quinta-essência do espírito revolucionário consiste (…) em odiar por princípio, e no plano metafísico, toda desigualdade e toda lei, especialmente a Lei moral” (pp. 128-129).
Cite um ponto importante do trabalho contra-revolucionário.
“Um dos pontos muito importantes do trabalho contra-revolucionário é, pois, ensinar o amor à desigualdade vista no plano metafísico, ao princípio de autoridade, e também à Lei moral e à pureza; porque exatamente o orgulho, a revolta e a impureza são os fatores que mais impulsionam os homens na senda da Revolução” (p. 129).
O orgulhoso tende a odiar a Deus
Quais são os graus do orgulho?
“A pessoa orgulhosa, sujeita à autoridade de outra, odeia primeiramente o jugo que em concreto pesa sobre ela.
“Num segundo grau, o orgulhoso odeia genericamente todas as autoridades e todos os jugos, e mais ainda o próprio princípio de autoridade, considerado em abstrato. E porque odeia toda autoridade, odeia também toda superioridade, de qualquer ordem que seja. E nisto tudo há um verdadeiro ódio a Deus.
“Este ódio a qualquer desigualdade tem ido tão longe que, movidas por ele, pessoas colocadas em alta situação a tem posto em grave risco e até perdido, só para não aceitar a superioridade de quem está mais alto.
“Mais ainda. Num auge de virulência o orgulho poderia levar alguém a lutar pela anarquia, e a recusar o poder supremo que lhe fosse oferecido. Isto porque a simples existência desse poder traz implícita a afirmação do princípio de autoridade, a que todo homem enquanto tal — e o orgulhoso também — pode ser sujeito” (pp. 66 e 67).
Escolas de igualitarismo
Cite alguns exemplos de escolas de pensamento que pregam a igualdade entre os homens e Deus.
“O panteísmo, o imanentismo e todas as formas esotéricas de religião, visando estabelecer um trato de igual a igual entre Deus e os homens, e tendo por objetivo saturar estes últimos de propriedades divinas” (p. 67).
Em que sentido o laicismo e o ateísmo são igualitários?
Enquanto não consegue extinguir a família, a Revolução procura reduzi-la e mutilá-la de todos os modos
“O ateu é um igualitário que, querendo evitar o absurdo que há em afirmar que o homem é Deus, cai em outro absurdo, afirmando que Deus não existe. O laicismo é uma forma de ateísmo, e portanto de igualitarismo. Ele afirma a impossibilidade de se ter certeza da existência de Deus. De onde, na esfera temporal, o homem deve agir como se Deus não existisse. Ou seja, como pessoa que destronou a Deus” (p. 67).
No campo político-social, o que mais a Revolução odeia é o absolutismo régio?
“Por mais que a Revolução odeie o absolutismo régio, odeia mais ainda os corpos intermediários [entre os indivíduos e o Estado] e a monarquia orgânica medieval. É que o absolutismo monárquico tende a pôr os súditos, mesmo os mais categorizados, num nível de recíproca igualdade, numa situação diminuída que já prenuncia a aniquilação do indivíduo e o anonimato que chegam ao auge nas grandes concentrações urbanas da sociedade socialista” (p. 69).
Qual o principal corpo intermediário que a Revolução visa abolir?
“Entre os grupos intermediários a serem abolidos, ocupa o primeiro lugar a família. Enquanto não consegue extingui-la, a Revolução procura reduzi-la, mutilá-la e vilipendiá-la de todos os modos” (p. 69).