Fevereiro
1. Santa Brígida da Irlanda. Abadessa e Fundadora do Mosteiro de Kildare. (séc. V)
2. Apresentação de Nosso Senhor no Templo. A fim de cumprir a Lei, Maria e José, com a oferenda de duas rolas, foram ao Templo de Jerusalém onde apresentaram o Menino Jesus. Nesta ocasião, o profeta Simeão predisse os sofrimentos futuros (“uma espada transpassará tua alma”) da Mãe, e que o Filho seria “luz para iluminar as nações” (Lc 2, 2-9 ss.).
Nossa Senhora do Bom Sucesso.
3. São Brás, Bispo e Mártir. Martirizado em Sebaste, na Armênia. (+ 323)
4. Santa Joana de Valois, Rainha da França. (séc. XVI)
5. Santo Avito, Bispo de Vienne, na Gália (hoje França). Lutou contra a heresia ariana. (+ 518)
Beata Isabel Canori Mora, Viúva, sobressaiu-se na caridade, além de ter sido favorecida com grandes dons místicos. Terciária trinitária, venerada em Roma. (1774-1825)
6. São Paulo Miki, Presbítero, e seus 25 companheiros, mártires do Japão. Foram crucificados em Nagasaki, em 5 de fevereiro de 1597. Do alto da cruz, Paulo continuava a pregar, perdoando os verdugos e convidando-os à conversão.
7. V Domingo do Tempo Comum.
Santo Egídio de Taranto, Religioso Franciscano italiano, canonizado por João Paulo II em 1996. (sécs. XVIII-XIX)
8. São Jerônimo Emiliani, Presbítero, Fundador da Congregação dos Clérigos Regulares (padres Somascos). (1486-1537)
9. Santa Apolônia, Mártir de Alexandria. (séc. III)
10. Santa Escolástica, Virgem, irmã gêmea de São Bento, nascida em Núrsia, Itália. De sua vida se conhecem só alguns detalhes narrados pelo Papa São Gregório Magno. (sécs. V-VI)
11. Nossa Senhora de Lourdes.
12. São Bento de Aniane, Abade. (sécs. VIII-IX)
13. Santo Estêvão, Bispo de Lyon, Gália. (+ 515)
14. VI Domingo do Tempo Comum.
Santos Cirilo, Monge; e Metódio, Bispo. Irmãos, nascidos em Tessalônica, foram enviados para a Morávia, onde pregaram aos eslavos. João Paulo II os proclamou Padroeiros da Europa junto a São Bento. (séc. IX)
15. São Cláudio da Colombière, Presbítero, Jesuíta, apóstolo na Inglaterra e pregador no convento de Paray-le-Monial, onde tomou conhecimento das aparições do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque. Tornou- se eminente propagador dessa devoção, difundindo-a até na Inglaterra, onde foi capelão da futura Rainha Maria de Modena. (1641- 1682)
16. Santo Onésimo, antigo escravo, evangelizado por São Paulo enquanto este se achava prisioneiro em Roma (cf. Carta a Filemon). (séc. I)
17. Quarta-feira de Cinzas.
18. Beato Angélico (Giovanni di Pietro ou da Fiesole). (sécs. XIV-XV)
19. São Mansueto, Bispo de Milão e Confessor. (séc. VII)
20. Beatos Francisco e Jacinta Marto. Pastorinhos aos quais Nossa Senhora apareceu, em Fátima, no ano de 1917. (conferir página 2)
21. I Domingo da Quaresma.
22. Cátedra de São Pedro, Apóstolo.
23. Santa Romana de Todi. (+ 324)
24. São Modesto, Bispo de Trier (Tréveris), Alemanha. (+ 486)
25. Santa Jacinta de Marescotti, Religiosa Clarissa. (1585-1640)
26. São Vitor, Eremita em Arcis-sur-Aube, na região de Champagne, França. (séc. VII)
27. São Gabriel da Virgem Dolorosa. Seminarista da Ordem Passionista, reluziu pela excelência de suas virtudes e profunda devoção a Nossa Senhora das Dores. (1838-1862)
28. II Domingo da Quaresma.
Santos Romano e Lupicino, irmãos, Abades de Condat (Borgonha). (séc. V)
Na pequenina Quito do século XVI um grande acontecimento se deu: Maria Santíssima apareceu a uma religiosa concepcionista e lhe fez revelações sobre o futuro de seu país. Embora não tendo tomado tais revelações como infalíveis, Dr. Plinio deu a elas uma atenção especial.
No dia 2 de fevereiro, a comunidade das Irmãs Concepcionistas celebra em Quito, Equador, a festa de Nossa Senhora do Bom Sucesso. Qual é a história desta devoção?
Madre Mariana de Jesus Torres e o triunfo de Maria
Madre Mariana de Jesus Torres, religiosa concepcionista, foi ao Equador em 1576, quando ainda era menina, acompanhando sua tia, Madre Mariana de Jesus Taboada, a qual partia com a intenção de lá fundar um convento.
Com elas viajaram várias outras religiosas espanholas, as quais se fixaram em Quito — cidade que naquele tempo era ponta avançada da penetração espanhola na América do Sul. Pelo que se conhece de suas vidas, essas religiosas fundadoras morreram em odor de santidade e eu tenho muita esperança de que — para a maior glória do Equador e das Américas em geral — elas sejam canonizadas.
Na pequenina Quito daqueles tempos, Madre Mariana de Jesus Torres, sendo abadessa do convento, teve extraordinárias visões e revelações privadas de Nossa Senhora.
Embora não tomemos estas revelações como dogma — a Revelação oficial está encerrada com o Novo Testamento — devemos considerá-las especialmente.
Tais revelações prenunciam um tempo onde o Equador se tornaria independente da Espanha e seria sacudido por uma grande revolução de caráter religioso-temporal; no mundo inteiro a Fé se extinguiria em muitas almas, e haveria inúmeras calamidades morais. Mas após esses acontecimentos terríveis seria instaurado um tempo de glória para a Igreja.
História da imagem
Qual é a história da imagem de Nossa Senhora que a partir de então passou a presidir o convento?
Numa das aparições1, a Santíssima Virgem pediu a Madre Mariana que fizesse uma imagem sua, em tamanho real. Para isto, a vidente desejou medi-la a fim de que se cumprisse esse desejo.
Então, Nossa Senhora segurou uma das pontas do cordão franciscano que trazia em sua cintura, para auxiliar Madre Mariana a tomar suas medidas.
A confecção da imagem foi confiada a um escultor local2.
Certo dia, ao subir ao coro da igreja do Convento — lugar onde esculpia a imagem — qual não foi a surpresa do escultor: encontrou a imagem pronta! Ela estava magnífica!
Nenhuma mão humana havia terminado a imagem; durante toda a noite a igreja havia permanecido fechada. É uma imagem feita por mão de anjo3.
O que a imagem nos comunica
O que essa imagem nos inspira no fundo da alma?
A mensagem que ela contém: uma grande promessa, um grande triunfo. Algo posto pela graça se acrescenta aos recursos da escultura e anuncia, no fundo de nossas almas, as alegrias e as certezas da promessa.
O báculo e as chaves, que Nossa Senhora traz consigo, dão a entender que é Ela quem abre e fecha os acontecimentos grandiosos; mas também as misérias e catástrofes dos homens; enfim, as vitórias de Deus dentro da História.
Mais do que as jóias, quem A adorna realmente é seu Divino Filho! Ela O traz triunfalmente, como quem diz: “Estou vencendo, mas venço para que Ele vença. Eu sou Rainha, sim, porém o sou porque Ele é o Rei!”
Nela há também um aspecto sobre o qual chamo a atenção: Ela comunica sua virginalidade extraordinariamente. É impossível olhar para esta imagem sem ter a impressão de que, em torno dela, a pureza se irradia.
Ela está inundada por uma felicidade de alma que é prêmio pela virtude da pureza. A pureza concede isto à alma que a pratica: segurança, discernimento, dignidade, compostura por onde se calca aos pés os infortúnios. Daí provem a louçania da vitória e do triunfo transmitida por essa imagem.
Mais do que as jóias, quem A adorna realmente é seu Divino Filho! Nossa Senhora O traz triunfalmente, como quem diz: “Estou vencendo, mas venço para que Ele vença. Eu sou Rainha, sim, porém o sou porque Ele é o Rei!”
A luta ainda vai ser maior
Deste modo Ela nos prepara para as agruras da luta, falando-nos da alegria e da glória que virão.
Antigamente, até meados do século passado, talvez, não se conheciam os anestésicos, e as operações se faziam a frio. O paciente — muitas vezes acordado — de vez em quando, perguntava ao médico como ia o andamento da cirurgia.
Era compreensível que o cirurgião, amigo do paciente — ou simplesmente movido por sentimentos de compaixão que aquelas dores não podiam deixar de causar —, durante a primeira fase da operação lhe dissesse: “Vai indo bem, eu estou conseguindo abrir tal zona, já estou em tal outra, etc.; daqui a pouco vem a extração.” Este “daqui a pouco vem a extração” animava o paciente! Ou seja, as fases mais delicadas do perigo estão se aproximando e vão terminar.
Depois que a amputação foi realizada, se a dores persistem ou aumentam, o que faz o médico? Ele diz: “Olhe, o pior já foi, daqui por diante as dores vão declinar, nós já estamos chegando ao fim.” Ele começa a apontar para aquilo que é o ideal do doente: o fim da operação.
É o caminho da normalidade: na fase ascendente fala-se que tudo vai bem e incita-se a ter coragem; quando ela atinge um ponto no qual é preciso toda a resistência, compreende-se que se diga “agora vai melhorar”.
Nossa Senhora do Bom Sucesso dá-nos a impressão de que está dizendo no fundo de nossas almas: “Meus filhos, a luta ainda vai ser maior, mas o meu Reino já vai começar a luzir no horizonte!”
É a alegre e vitoriosa proclamação do Reino de Maria!
(Extraído de conferências de 14/8/1982 e 2/2/1983)
1) No ano de 1610.
2) A própria Virgem Maria escolheu o escultor, dizendo: “Para esta tarefa, deves chamar Francisco del Castillo, o qual é um hábil escultor, e dar-lhe as descrições de minhas medidas.”
3) De fato, Madre Mariana teve uma visão dos anjos concluindo a imagem enquanto o escultor se ausentava para buscar vernizes e tintas para o acabamento.