Quinze anos! Três lustros que parecem um dia…Sim, a impressão é de que ontem vinha a lume o primeiro número da Revista Dr. Plinio, naquele 1o de abril de 1998.

Em seu Editorial, a publicação se propunha como objetivo “dar a conhecer toda a riqueza sobrenatural da pessoa de Dr. Plinio, sua vida, ensinamentos e sua grandiosa obra”. A quantas estamos dessa finalidade? Foi ela atingida?

Depois de 180 números, podemos dizer que apenas poucos passos foram dados rumo a essa ousada meta, uma vez que dispomos, considerando apenas as anotações de palestras e conversas, de mais de um milhão de páginas ricas de substância doutrinária com considerações, sob muitos aspectos, inéditas. O prisma pelo qual Dr. Plinio analisava todas as coisas era dado por sua luz primordial, assim definida por ele mesmo: “uma visão arquitetônica e harmônica, monárquica e aristocrática de todo o universo material e espiritual criados, desde um grão de areia até o mais alto anjo, ressaltados os pontos que a Revolução procura combater”1. Trata-se de ver nas criaturas o reflexo do Criador. Em consequência, dedicou Dr. Plinio a vida nesse empenho para que tudo na Terra estivesse disposto de maneira a dar a devida glória a Deus.

A cada nova Revista, vai ficando mais claro a crescente número de pessoas o papel providencial desempenhado por Dr. Plinio em nossos dias. Com o passar dos anos se evidencia a sua clarividência incomum dos acontecimentos. É toda uma visão de conjunto inteiramente coerente com os ensinamentos da Santa Igreja, da qual Dr. Plinio era filho devotado e fidelíssimo. Todos os seus comentários baseavam-se nos princípios por ele explanados no seu principal livro, Revolução e Contra-Revolução, publicado em 1959. “Uma obra profética”, afirmou o Pe. Anastasio Gutiérrez, CMF, em seu prefácio à reedição desse estudo em 1993.

Juntamente com o filho, melhor vai se compreendendo o papel de mãe católica exercido por Da. Lucilia, protegendo a inocência batismal de Dr. Plinio em episódios que revelam seu alto espírito religioso e requintado senso psicológico. Sem pretensões acadêmicas, como mãe de família, os conselhos de Da. Lucilia manifestavam profunda sabedoria. Seus ensinamentos, seu modo de ser, seu exemplo tiveram profunda influência na formação de seu filho.

A teoria forma, o exemplo arrasta! Assim, a cada número são maravilhas do espírito católico discernido na vida de dois insignes filhos da Santa Igreja. É esse sublime apostolado que a Revista Dr. Plinio proporciona em nossos dias tão carentes de virtude e de sabedoria. Que tudo seja para a glória de Deus e edificação das almas!

1) Palestra, São Paulo, 1993, s.p. Os termos “monárquico” e “aristocrático” não são usados aqui no sentido político, mas sim filosófico, de procura do aspecto mais elevado em tudo.