Dr. Plinio em viagem à Europa em 1950

Em sua viagem à Europa, em 1950, Dr. Plinio encontrava-se em Roma por ocasião da canonização de Santa Joana de Valois, a 28 de maio. Eis algumas de suas recordações daquela marcante data de sua vida.

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Santa Joana de Valois – Biblioteca Nacional da França

Eu assisti à cerimônia de canonização de Santa Joana de Valois, filha do Rei Luís XII da França. Lembro-me de que, nas vésperas, visitara Mons. Montini, futuro Papa Paulo VI. Ao nos despedirmos, perguntei-lhe se ele poderia obter entradas para eu e três amigos assistirmos à cerimônia. Ele me respondeu que sim. No dia seguinte, de manhã, apareceu no hotel onde estávamos hospedados um portador do Vaticano com os quatro ingressos para os melhores lugares que há na Igreja de São Pedro, reservados ao corpo diplomático.

No dia da cerimônia tomamos nossos assentos. Em certo momento, um homem aproximou-se de mim, fez-me uma reverência e disse: “Mons. Montini manda dizer que há dois lugares para diplomatas que não foram preenchidos, mais abaixo, de onde o senhor poderá ver muito melhor o Papa passar. Então manda convidar o senhor para ocupar um desses lugares.”

Coube-me um assento ao lado do embaixador muçulmano do Egito.

No momento da Consagração, as trombetas de prata começaram a soar. Tinha-se a impressão de serem tocadas por Anjos no Céu. Uma verdadeira maravilha! E uma emoção intensa apoderou-se dos fiéis. Eu estava profundamente compenetrado, mas não sou emotivo. Deitei um olhar sobre o embaixador do Egito para ver como uma cena assim repercutiria na mentalidade de um maometano. Ele estava inclinado e notei que saíam de seus olhos lágrimas abundantes. Terminada a Consagração, ele voltou à sua posição normal. A repercussão da lembrança dessa graça, vinda à hora da morte, saberemos no dia do Juízo.

(Extraído de conferência de 11/11/1988)

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