A Sabedoria é resplandecente e sua beleza é inalterável. Facilmente é contemplada por aqueles que a amam, e se deixa encontrar por aqueles que a buscam (Sb 6, 12). Assim, supliquei e a inteligência me foi dada; invoquei, e o espírito de Sabedoria veio a mim. […] O que aprendi sem fraude, comuniquei-o sem ciúme, não escondo sua riqueza, pois é um tesouro inesgotável para os homens; os que a adquirem atraem a amizade de Deus, recomendados pelos dons da instrução (Sb 7, 7. 13-14).
“O homem será conhecido por sua doutrina” (Pr 12, 8). Entendida esta frase num sentido lato, um homem deve ser avaliado pelos seus mais nobres e elevados aspectos de alma, sobretudo por sua Fé, religiosidade e demais virtudes, das quais decorrem as boas obras.
Tendo a existência de Plinio Corrêa de Oliveira atravessado quase de um extremo ao outro o século XX – no qual a humanidade passou por convulsões e transformações de toda ordem –, não se pode deixar de notar sua coerência de pensamento. É o mesmo Plinio que encontramos, tanto em seus primeiros escritos, ao iniciar em 1928 sua militância nas Congregações Marianas, como nos últimos, 67 anos depois, ao chegar o ocaso de sua existência terrena. A mesma concepção da vida e do mundo. O mesmo amor abrasado à Santa Igreja e ao Papado. A mesma devoção ardorosa à Eucaristia e filial devotamento à Santíssima Virgem1.
1) SCOGNAMIGLIO CLÁ DIAS, João. In Prefácio – Opera Omnia de Plinio Corrêa de Oliveira. São Paulo: Editora Retornarei, 2008. p. XVI e XXII.
