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Entre as razões pelas quais o ouro e a prata são considerados metais nobres estão a de serem incorruptíveis e simbolizarem, por sua cor, certa superexcelência das qualidades da alma. Essa incorruptibilidade é uma imagem de uma propriedade do espírito. Portanto, a nobreza desses metais está no fato de apresentarem uma qualidade que lhes dá aparência de pertencerem a uma categoria superior.

Isto que se diz do ouro e da prata pode-se dizer de outras criaturas, na medida em que atinjam uma sublimidade que faz delas uma imagem particularmente próxima, expressiva de Deus. Há uma nobreza inerente ao jatobá, o qual vive duzentos, trezentos anos, é grande, forte, esplêndido, cuja madeira não pode ser quebrada; há uma força dentro dessa longevidade e dessa riqueza que é algo de sublime no gênero, e uma imagem eloquente daquilo que é Deus. Nisto o jatobá é nobre em relação a um simples arbusto.

(Extraído de conferência de 31/7/1961)