Nosso Senhor Jesus Cristo está presente em todos os sacrários, em cada hóstia, em cada fragmento de hóstia. E basta querermos nos aproximar e falar com Ele que o Redentor ali está para nos atender. Não O vemos nem O escutamos, porém o mais importante é que Jesus nos vê e nos ouve.
A devoção ao Santíssimo Sacramento e a devoção a Nossa Senhora! São tantos os aspectos por onde essas devoções podem ser consideradas, tantos os fulgores, tantas as maravilhas, que não há palavras suficientes para exprimi-los.
Levando em conta que um bom método para fazer com que as pessoas se interessem e adquiram gosto por um assunto consiste em mostrar-lhes o nexo entre elas, seus problemas e o tema tratado, vou considerar as vossas dificuldades e de cada homem em concreto, à luz da devoção ao Santíssimo Sacramento e a Nossa Senhora.
Por que Deus não retribui sempre nesta vida o bem ou o mal praticados?
Começarei por falar do Santíssimo Sacramento.
Em um de seus livros, Santo Agostinho levanta uma questão: se Deus fizesse com que nesta Terra os homens fossem punidos por todos seus atos maus e premiados por todos seus atos bons, não seria um modo de organizar bem as coisas? Porque se a cada pecado mortal correspondesse uma doença tremenda, acompanhada de uma cirurgia pesadíssima com risco de morte; se cada pecado venial causasse uma nevralgia de arrebentar, uma dor de cabeça de atordoar, um reumatismo de se arrastar pelo chão, é claro que os homens tomariam muito mais cuidado em não pecar.
De outro lado, se houvesse prêmios: a cada tentação rejeitada, uma viagem à Europa; a cada ato de virtude praticado, um esplendor a mais apareceria na personalidade do homem, por exemplo, ficaria mais insigne, mais amável, mais atraente e mais dominador. Andando pela rua, os seus conhecidos o olhariam e diriam: “Ele praticou um ato muito bonito. Ei-lo, como está magnífico!” Para promoção da virtude e repressão do pecado, indiscutivelmente seria de uma grande valia.
Ser virtuoso por amor a Deus e não por interesse
E Santo Agostinho responde muito bem: se a cada ato de virtude praticado nesta Terra os homens recebessem uma recompensa, e cada ato mau tivesse como efeito uma punição imediata, eles não praticariam a virtude por amor à virtude, nem evitariam o mal por horror ao mal, mas por interesse. Seriam todos uns subornados. Deus subornaria as pessoas para irem para o Céu, e não lhes pediria uma prova de desinteresse e de amor tão intensa quanto é a do homem que, sabendo que nesta Terra talvez não seja punido, e provavelmente também não seja premiado, vence a tentação cruel por amor a Deus e ódio ao pecado, sem se preocupar com uma recompensa ou um castigo terreno.
Sem dúvida, como diz Nosso Senhor, o homem virtuoso terá o cêntuplo neste mundo, mais a vida eterna. Mas o cêntuplo nem sempre é a felicidade terrena; muitas vezes são graças e mais graças para suportar espinhos e mais espinhos, cruzes e mais cruzes. Ele viverá no reino da Fé, da Esperança e da Caridade, portanto, das virtudes teologais. Mas é um reino que não apalpamos e ao qual precisamos ter muito amor para sermos realmente fiéis. Assim, teremos as recompensas e evitaremos os castigos eternos. Porém se olharmos em torno de nós, notaremos quantas pessoas péssimas vivem felizes e desdenham o homem bom que passa perto delas.
Aqueles homens morreriam e as gerações se sucederiam. Vê-Lo-iam ao passarem os umbrais da morte, mas nesta Terra não. Somente no Céu
A solidão após a subida de Nosso Senhor ao Céu
Não obstante, se Deus quisesse, tornar-se-ia visível aos homens. E poderia fazê-lo com tanta magnificência, com tanto esplendor que homem nenhum deixaria de praticar a virtude. Ora, Ele não o fez. Pelo contrário, após a Ascensão, Nosso Senhor Jesus Cristo deixou aqui sua Mãe, portanto o que na Criação havia de melhor. Mas não era Ele… Jesus subiu ao Céu. Podemos imaginar o quanto Ela sentia a ausência d’Ele, a solidão, e como Maria Santíssima comunicava essa sensação a todos em torno d’Ela.
Como terá sido a descida do Monte das Oliveiras, do alto do qual O tinham visto subir para o Céu? Todos ao mesmo tempo cheios do esplendor do que tinham presenciado, mas muito entristecidos: Jesus foi embora e voltará somente no fim do mundo, para julgar os vivos e os mortos. Que dilaceração! Ele subiu para esses céus visíveis e penetrou nos Céus invisíveis, onde se deu uma festa invisível para a qual não estavam convidados. Eles desciam as encostas e permaneciam na Terra, enquanto Nosso Senhor subia para o Céu. Oh, que rumos opostos e que separação cruel e definitiva: até o fim do mundo!
Aqueles homens morreriam e depois deles outros ainda, e as gerações se sucederiam. Vê-Lo-iam ao passarem os umbrais da morte, após terem feito a grande e terrível viagem. Mas nesta Terra não. Somente no Céu.
Como seria delicioso estar junto a Nosso Senhor, conversar com Ele um instante!
Lembro-me de que, ainda menino, vendo os desenhos de meu livro de História Sagrada, que eu reputava ultraexpressivos — santinhos e outras coisas semelhantes —, considerava como seria delicioso estar junto a Ele, como seria maravilhoso, arrebatador, formativo, santificante conversar com Ele um instante! Que o olhar d’Ele se aprofundasse dentro do meu, ao menos por um momento, e já seria muita coisa! Mas não! Séculos antes de eu nascer, já Ele estava no Reino celeste. Séculos depois de eu ter morrido, Ele também estará no Céu. Nesta Terra eu não O verei!
Eu sentia uma espécie de separação, como se as portas de ferro de um cofre contendo um tesouro maravilhoso e repleto de Anjos — eram as portas do Céu — estivessem trancadas. E eu do lado de cá, desejoso de ver, mas para mim não, para os filhos de Eva não!
Isso me dava uma sensação de solidão. Aquele a Quem eu quereria ter conhecido, que teria dado sentido à minha vida, a Quem eu teria seguido; Aquele que com um olhar poderia ter resolvido tantas dificuldades em mim, retificado tanto caminho torto, simplificado tantas batalhas, eliminado tantas incertezas, estava do outro lado! Era como se uma voz me dissesse: “Você, Plinio, caminhará sozinho. Terá outras ajudas, a Ele não. Para você o sol, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, se pôs. Você nasceu na noite e morrerá na noite. Quando os seus olhos se fecharem e você tiver vencido a batalha desta vida — olhe em torno de si: quem está vivendo de maneira a ganhá-la?; você a ganhará? — então O verá. Mas é na outra vida, nesta não!”
E diante disso eu pensava: “Como estou só, como a luta é dura, Nosso Senhor está longe! Compreendo agora que Ele não poderia estar me aparecendo, e que eu não poderia estar no alto do Tabor com Ele continuamente porque não teria mérito na noite desta vida, na qual tenho a impressão de lutar só, não vejo nada e sou obrigado a reagir contra as minhas más tendências. Minha inteligência iluminada pela Fé me mostra o Bem, mas tenho que fazer esforço para ser fiel a Ele. Vejo, sobretudo, que este Bem que eu amo na Terra existe no Céu: um Deus pessoal e infinito que não conheço. Oh, que tristeza, que pena!”
”Meu filho, eu preparei para você esta maravilha: a transubstanciação!”
Aí surge a questão do mérito, e no mérito, o melhor de nossa vida. Era preciso que fosse assim. Nós ficamos nessa tristeza, mas diante desse drama de alma — porque para quem seja capaz de pensar, isto redunda num verdadeiro drama de alma — compreendemos o que a sabedoria e a misericórdia divinas prepararam para fazer companhia ao homem.
É como se a essas perplexidades Deus respondesse: “Meu filho, Eu quero lhe dar o mérito; não vou lhe aparecer, não vou premiá-lo nesta Terra, mas minha presença você terá. Sinto pena de sua solidão, tenho desvelo pela sua fraqueza e vontade de salvá-lo. Eu preparei para você esta maravilha: a transubstanciação!”
Sob as aparências do pão e do vinho, Nosso Senhor Jesus Cristo está realmente presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade em todos os sacrários da Terra. E a presença d’Ele se multiplica, portanto, incontavelmente por todos os rincões do orbe, onde houver uma igreja católica com o sacrário. De maneira tal que, ao passarmos por uma igreja, fazemos o sinal da Cruz para testemunhar nossa convicção de que Nosso Senhor ali Se encontra como outrora na Terra Santa, nos dias de sua vida terrena.
E se fosse só isto! Se Nosso Senhor estivesse apenas a dois passos de nós, como ficaríamos comovidos! Mas Ele quis ir além de toda cogitação e instituir o Santíssimo Sacramento, de maneira a poder ser recebido por nós na Sagrada Comunhão. Ele quis habitar em nós como num sacrário!
“A impressão que tenho diante do Santíssimo Sacramento é de que Ele me diz algo que não consigo explicar. O Mestre está aqui e me chama”
Todos nós que estamos nesta sala fomos sacrários por alguns minutos, durante todos os dias em que comungamos ao longo de anos. Seremos sacrários, se Deus quiser, por alguns instantes até o momento de nossa morte. Que felicidade e que companhia! Que intimidade, que penetração! Ser um conosco a ponto de vir morar dentro de nós! Ninguém poderá jamais, com a inteligência, esgotar a medida dessa união e compreender a forma dessa misericórdia.
Presença insensível, mas inteiramente real, e que às vezes se torna sensível
Portanto, Deus tem pena de nosso isolamento e nos diz: “As portas do Céu estão fechadas, mas assim como Eu transpus os muros do Cenáculo e apareci entre os Apóstolos, agora também transponho as distâncias que separam o Céu da Terra e resolvo permanecer em todos os sacrários, em cada hóstia, em cada fragmento de hóstia, inteiramente presente. E basta os homens quererem aproximar-se e falar comigo que Eu estarei ali para atendê-los. Eles não Me verão nem Me ouvirão, porém o mais importante é que Eu os veja e os ouça.”
De fato, é Nosso Senhor quem tem as riquezas, as graças. E se Ele conhece as nossas orações, é sensível a elas e as recebe bem, que importância há em sentirmos ou não que Ele as recebe? A Fé nos diz que Ele as acolhe. É Ele mesmo Quem nos dá a graça para crermos no Santíssimo Sacramento e sentirmo-nos atraídos para junto d’Ele. E quando nos ajoelhamos para comungar ou para adorá-Lo, para recitar o Ofício ou o Rosário diante d’Ele, seu olhar pousa com amor sobre cada um de nós como outrora sobre os Apóstolos.
Se, por um lado, temos a sensação de isolamento num regime onde nossa prova é contínua por não sentirmos a presença d’Ele, por outro lado, temos a certeza de que Ele está sempre presente. Presença insensível, é verdade, mas inteiramente real e quão maravilhosa! Que coisa insondável!
Presença sempre insensível?
Sem dúvida, muitas vezes comungamos na aridez. Em várias fases da vida espiritual pode acontecer que um ou outro não sinta o que vou dizer agora; não por culpa, mas porque a graça dirige cada alma segundo desígnios inefáveis de Deus, levando-a para onde Ele quer, com vistas a realizar uma determinada forma de santidade pré-estabelecida pela Providência.
Mas creio não haver um nesta sala que, entrando numa capela, numa igreja onde está o Santíssimo Sacramento, não tenha sentido — se eu ousasse me exprimir assim — algo de “insensível”. Não é uma impressão que entra pelos olhos, nem pelo tato, nem por qualquer outro sentido; os sentidos estão alheios a isso. Mas a pessoa entra… e diz: “Ele está ali.”
”Magister adest et vocat te”
Lembro-me de uma antiga capela em São Paulo onde há o tabernáculo com o Santíssimo Sacramento. No alto da parede estão escritas estas palavras tiradas do Evangelho: “Magister adest et vocat te — o Mestre está aqui e te chama.”1 Como é verdade! Ajoelhamos ali e dizemos: “É evidente, não sei como, mas Nosso Senhor está presente! Tenho a sensação de que Ele me ouve.”
Sei, pela Fé, que Ele me ouve, e a impressão, que pelo menos eu pessoalmente tenho tantas vezes diante do Santíssimo Sacramento é de que Ele me diz qualquer coisa que não consigo explicar, mas poderia ficar um dia inteiro ali, sem recitar o Pai-Nosso, a Ave-Maria, o Glória-ao-Pai — orações excelentes, porém depende do caminho de cada alma. Digo que não seria preciso rezá-las, mas simplesmente estar ali e pensar: “O Mestre está aqui e me chama.” Mais nada.
Quantas e quantas vezes, encontrando-me numa capela do Santíssimo, de dia ou de noite, nas penumbras eucarísticas — para o mistério, convêm as penumbras — de repente a chama da lamparina junto ao sacrário aumentava e as sombras cresciam, depois diminuíam; e naquele silêncio a lamparina, de vez em quando, estalava e eu ouvia o frigir do óleo e pensava: “Que silêncio é esse em que tais barulhinhos se ouvem? Que solidão é essa em que a mudança das sombras toma tanta dimensão? O que há aqui para isso falar tanto à minha alma?”
É o silêncio criado pela presença d’Ele. É uma certa forma de penumbra cheia de unção, que é a penumbra eucarística, também criada a propósito d’Ele, na qual as coisas insignificantes tomam um vulto muito maior. Na vida cotidiana não se observa isso, mas fica-se fora da vida cotidiana, pois o eterno está ali.
Santos que tiveram a graça da permanência eucarística
Há santos que receberam a graça de ter o Santíssimo Sacramento continuamente presente em si, por exemplo, Santo Antônio Maria Claret, que foi Arcebispo de Cuba e capelão do Palácio Real na Espanha, e tinha um título lindo: Patriarca das Índias. Quando comungava, a graça da presença real permanecia nele e, portanto, era um sacrário até o momento da outra Comunhão, em que as espécies anteriores desapareciam, o fenômeno da digestão se operava e elas se transformavam, dando lugar às outras. Assim, ele tinha noite e dia a presença real.
Tenho ideia de ter lido a história de um ou outro santo que recebeu da Santa Sé o privilégio de carregar permanentemente consigo uma teca com o Santíssimo Sacramento. Eu gostaria de imaginar o grande São Tomás de Aquino — que, aliás, acho que possuía também esse privilégio da permanência eucarística — com uma teca contendo o Santíssimo Sacramento suspensa ao pescoço.
É lindo! É menos glorioso do que tê-Lo dentro de si durante o tempo inteiro. Mas podemos imaginar que companhia! E como o homem fica companheiro de Nosso Senhor!
Uma rosa nascida do Santo Sacrifício do Calvário
Monsenhor de Ségur2 fala das três rosas dos bem-aventurados, que são a devoção à Eucaristia, a Nossa Senhora e ao Papa. Uma das rosas, portanto, é o Santíssimo Sacramento; rosa vermelha, purpúrea como o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não é possível considerar tudo isto sem pensar no Santo Sacrifício do Calvário do qual a Missa é a renovação incruenta. A presença real dá-se no momento da Consagração na Missa quando então se renova, sem a efusão de sangue, o Sacrifício do Calvário.
A piedade eucarística não pode consistir apenas em deleitar-se com a beleza desta rosa de cor púrpura. Se nós recebemos tanto desta rosa e a amamos, devemos provar nossa fidelidade e nossa coerência.
Importância de se fazer sério exame de consciência
Quantas vezes uma atitude corajosa, uma impostação de alma enérgica consigo mesmo, um ódio profundo aos próprios defeitos, um verdadeiro amor às qualidades que o Santíssimo Sacramento fez nascer em nós impõem ações mais duras do que um combate físico!
Era muito meritório o que em certas Ordens os religiosos faziam, não sei se ainda fazem: o sacrifício de se flagelarem todos os dias. É belo, muito nobre! Mas isto não é flagelar a alma. E o homem tem muito mais dor com o que lhe toca na alma do que no corpo.
Como se flagela a alma? Pelo exame de consciência: “O que você fez? Analise bem, entre em todos os pormenores, meça a sua culpa. Primeiro, descreva seu ato; depois avalie para si mesmo a malícia desse ato.” Isso obriga a alma a confessar para si mesma o mal que praticou.
Como isso é duro em muitas ocasiões! E quando vem uma lamúria: “Não, mas o outro também teve culpa…”, a consciência diz: “Ele pode ter tido culpa, mas você pecou por sua culpa, por sua culpa e por sua máxima culpa, porque você recebeu graças, sabia que aquilo não era bom e poderia ter dito não.” Confiteor, miserere… Que coisa bonita! Compunção, compenetração: “Andei mal, não vou repetir, perdão…” Como isso é a verdadeira batalha do verdadeiro guerreiro!
A limpeza e a honestidade de uma alma que deu tudo
Para ser bom polemista católico, saber discutir e sustentar a Fé, saber lutar com os adversários da Igreja no terreno da habilidade política e da manobra da opinião pública, para ser sagaz é necessário que o homem leve a sua capacidade até o fim.
Quando notamos que o mais modesto dos homens empregou seu esforço até o fim, nós o respeitamos. É um frutozinho minúsculo, mas nós o veneramos. Entretanto, se virmos o maior dos homens que empregou no esforço 80% de sua capacidade e 20% não utilizou, ele fica como uma lâmpada que ilumina, é verdade, mas deita mau cheiro e fumaça preta no ambiente. A fuligem escura vai penetrar no mesmo recinto iluminado pela lâmpada.
Para uma alma dar tudo e, no contato com ela, termos essa sensação de limpeza e honestidade de quem foi até o limite de si mesma — quão deleitável é esse limite, e como é belo tratar com almas assim! —, é preciso que essa alma saiba fazer exames de consciência, porque senão ela se defrauda.
Eu sei bem que quando se cobra com esta dureza o dever de um homem, ele tende a ter pena de si mesmo e a perguntar: “Dr. Plinio, o senhor não se compadece de mim? O senhor não mede todo o sacrifício que sou obrigado a fazer? O senhor não tem uma palavra de afago, uma expressão de afeto para me animar?”
É natural que eu fixe a minha atenção sobre essa consideração, que é o pórtico para o tema: “Nossa Senhora”.
(Continua no próximo número)
(Extraído de conferência de 24/10/1981)
1) Jo 11, 28.
2) Louis-Gaston de Ségur (1820-1881). Prelado e apologista católico francês. Entre as diversas obras por ele escritas, encontra-se “Les trois roses des élus”, à qual Dr. Plinio se refere nesta conferência.
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