O presente número de nossa revista oferece ao leitor uma feería de facetas do carisma e da espiritualidade de Dr. Plinio.

Uma delas é seu inflamado amor à Santa Igreja Romana, à qual desejava estar inteiramente unido de corpo e alma, bem como a Jesus Cristo, seu divino Fundador, e a Maria Santíssima, Mãe da Igreja.

Nas seções “Datas na vida de um cruzado” e “Eco fidelíssimo”, pode-se quase apalpar esse amor, patenteado especialmente nos seus comentários ao Magnificat, em que considera a jubilosa e insondável grandeza de Nossa Senhora.

Outra faceta é a contínua consideração da beleza, bondade e verdade das coisas criadas, enquanto símbolos que conduzem ao Criador. Pode o leitor notá-la na análise de um filme sobre a vida de São Tomás Morus, na qual Dr. Plinio deixa ver como a procura constante dos símbolos, enquanto meio de elevar a alma a Deus, era-lhe tão conatural como a própria respiração.

Esta conaturalidade não passou despercebida a um seu jovem discípulo, o qual declara: “Se para nós é necessário esforço a fim de subirmos das criaturas até Deus e nos mantermos nesse patamar de cogitações, para Dr. Plinio era o contrário: ele precisava esforçar-se para descer!”

Em artigo para um jornal paulistano, que reproduzimos na seção “A sociedade analisada por Dr. Plinio”, afirma este: “Todo o universo foi criado à imagem e semelhança de Deus. De onde existirem analogias entre todas as criaturas. Pois seres análogos a um terceiro são, por isto mesmo, análogos entre si. Daí as coisas materiais terem o poder de exprimir as espirituais.”

Esta afirmação é um eco fiel do ensinamento do Catecismo da Igreja Católica (nº 319): “Deus criou o mundo para manifestar e para comunicar a sua glória. Que suas criaturas participem de sua verdade, de sua bondade e de sua beleza, é a glória para a qual Deus as criou.”

E uma nota característica do apostolado de Dr. Plinio consistiu em relembrar insistentemente essa doutrina e lutar pela sua aplicação nesta terra, por meio da “consecratio mundi”, a instauração do Reinado social de Jesus Cristo nas almas e nas nações. Um passeio com ele por Veneza, na seção “Luzes da Civilização Cristã”, nos levará a fazer um ato de amor a Deus refletido na sociedade temporal iluminada pela Igreja.

Por fim, em “Dr. Plinio comenta” podemos ver esse mesmo peregrino do absoluto, do bom, do verdadeiro e do belo, considerando-se nada diante da presença augusta de Deus, ao glosar o salmo Miserere, que muito o tocou na primeira mocidade, e o agradou ao longo de toda sua vida.

Aceite, caro leitor, nosso convite: deixe-se levar, nas páginas desta revista, per visibilia ad invisibilia, das coisas visíveis até as invisíveis, guiado por este peregrino insaciável de Bondade, Verdade e Beleza.