Edições do livro de Dr. Plinio, e as galerias Vitor Emanuel, em Milão

Nessa data, era apresentado no Congres­so da Associação Nobiliária da Euro­pa, em Milão, Itália, na presença de personalidades de destaque desse continente, o livro Nobreza e elites tradicionais análogas, nas alocuções de Pio XII ao Patriciado e à Nobreza romana, obra magna de Dr. Plinio, contendo seus luminosos comentários aos célebres discursos do Papa Pio XII às famílias nobres de Roma.



Esse último escrito de Dr. Plinio veio a lume com cartas laudatórias de três Cardeais: Alfons Stickler, SDB, então Bibliotecário da Santa Romana Igreja; o Cardeal Silvio Oddi, Prefeito Emérito da Congregação do Clero, e o Cardeal Mario Luigi Ciappi, O.P., Teólogo da Casa Pontifícia. Não podendo comparecer ao ato, Dr. Plinio enviou aos ilustres participantes da assembléia uma mensagem da qual extraímos este trecho essencial:

“Devemos ver nessas alocuções, sobretudo, o empenho do Pontífice em que cada qual oriente suas aspirações ideais em uníssono com ele, que cada qual trabalhe e concentre seus esforços principalmente em seu campo de ação imediato. Isto é, junto àqueles com quem convive no lar e no exercício da profissão. Se todos os católicos se ufanassem de se poderem sentir colaboradores do Papa nisto que é indiscutivelmente uma grande cruzada, quiçá a cruzada do século; se todos os católicos trabalhassem com afinco neste sentido, por cima de todas as organizações e de todas as coa­lizões, a vitória se afirmaria. A vitória das grandes causas não é assegurada tanto pelos grandes exércitos quanto pela ação individual das grandes multidões imbuídas de grandes ideais e dispostas a todos os sacrifícios para vencer. (…)

“Parece-me importante realçá-lo, pois são excessivamente numerosos em nossos dias os que, para concentrarem toda a sua existência nos tranqüilos e despreocupados confins das conveniências pessoais, e se julgarem isentos de qualquer obrigação para com as grandes causas, alegam comodamente que a ação individual está reduzida à inocuidade, neste nosso século de enormes massas humanas aglomeradas nas concentrações urbanas de porte babilônico. (…)

“Desejo acentuar isto, a fim de que a ninguém restasse pretexto para nada fazer, alegando sua impotência pessoal, as dimensões vermiculares de sua influência individual e, em conseqüência, a inutilidade de todo esforço seu. Que cada um, desde o maior até o menor, não poupe qualquer empenho na direção indicada pelo Pontífice, e a vitória estará assegurada.”