Plinio, por volta dos vinte anos.

Em maio de 1929, Dr. Plinio obtinha a graça de ser crismado. A cerimônia, que teve como ministrante o Arcebispo de São Paulo, D. Duarte Leopoldo e Silva, foi realizada na capela do Santíssimo Sacramento do Mosteiro de São Bento. O recebimento da Confirmação, de tão profundo e augusto significado, vinha como que coroar a dura prova espiritual de Dr. Plinio, encerrada pouco antes, e prepará-lo para as batalhas que viriam no futuro. Ele assim o assinalaria anos depois:

Eu me crismei já em plena mocidade, por volta dos meus 20 anos, quando já fazia parte do Movimento Mariano.

Conhecendo, então, toda a importância da Confirmação, quis receber este sacramento, pois eu tinha muito desejo de receber os efeitos específicos da graça da Confirmação, o dom de fortaleza, pois eu queria ter a força necessária para lutar pela Santa Igreja.

Minha esperança havia sido a de entrar no Movimento Católico e travar uma luta fenomenal contra os inimigos da Igreja. Pouco depois de meu ingresso, tive, pelo contrário, tremendas provações, as mais duras possíveis, que me afligiram durante seis meses.

Uma vez serenada a borrasca interior, estando eu muito persuadido — pela experiência do tormento — da importância da Confirmação, decidi logo solicitá-la. Tinha compreendido que ela nos preparava não só para as grandes glórias, as grandes batalhas, as grandes disputas oratórias, mas também nos fortalecia para enfrentar as agonias de alma.

Recebi este augusto sacramento ministrado pelo arcebispo daquele tempo, D. Duarte Leopoldo e Silva, depois de uma Comunhão geral dos estudantes da Universidade de São Paulo. Após a Comunhão ele foi à capela do Santíssimo Sacramento e nos conferiu o sacramento.

(Extraído de conferências de 16/8/1982 e 29/1/1984)