Arquivo Revista; J.P. Ramos
Ao lado, Dona Lucilia e seu bisneto. Acima, Sagrado Coração de Jesus - Capela de Nossa Senhora de Lourdes, Mairiporã

Dona Lucilia possuía a alegria escachoante de dar. Seu gáudio consistia em ver o beneficiado alegrar-se, mesmo se não tivesse relação com ela. Esse era seu traço distintivo por onde ela era pouco compreendida. É uma intercessora adequada para construir a arquitetura da vida de cada um de nós. O Sagrado Coração de Jesus era para ela, mais do que o modelo, a fonte de onde jorra para os homens a capacidade de ser assim.

Há um aspecto da alma de Dona Lucilia a respeito do qual nunca tratei por não se ter apresentado uma ocasião. Por possuir um amor materno propenso a englobar um número indefinido de filhos, aparecendo alguém, ainda que vagamente orientado para o bem e na idade de ser filho ou neto dela, imediatamente manifestava-se essa tendência materna em relação a essa pessoa. Esse aspecto, que atingia ora um círculo menor, ora um maior, era a extrema dadivosidade de mamãe.

Alegria de dar

Tem-se a impressão de que se ela tivesse todos os bens de um Rockfeller ou de um Tzar da Rússia, se deixassem, ela arruinava a fortuna pela sua propensão de dar, e não só para os necessitados. Porque não se tratava apenas de encontrar alguém com necessidade e socorrer. Isso ela fazia. Mas é uma coisa diferente: dar pela alegria de ver a pessoa receber o conveniente e, mais ainda, até o supérfluo, desde que não fosse um supérfluo estúpido, sem sentido. O gáudio dela era ver o beneficiado alegrar-se e notar como aquele benefício calhava bem, era adequado, e como quem o recebeu tinha ficado bem atendido com aquilo, ainda que essa pessoa não tivesse relação com Dona Lucilia.

Arquivo Revista
Parentes de Plinio numa reunião familiar, em meados de 1910

Assianir (CC3.0)

Por exemplo, se ela soubesse que existe na Groelândia uma ricaça, a qual ficaria muito contente se pudesse mostrar às amigas orquídeas do Brasil, e mamãe tivesse jeito de fazer-lhe chegar orquídeas, sem qualquer retribuição – fazer comércio era uma possibilidade que não passava pela cabeça dela –, e essa senhora depois lhe escrevesse uma carta narrando como ficou alegre, mamãe ficaria muito contente, mostraria a missiva para uma porção de pessoas, comentaria, etc., simplesmente porque aquela mulher ficara alegre com o presente.

Portanto, também a tendência de dar o que ela possuía para beneficiar uma pessoa que tinha muito mais do que mamãe, sem pensar o seguinte: “Isto eu guardo para mim porque ela já tem.” Essa ideia nem lhe passava pela cabeça. Vai fazê-la ficar alegre, tome.

Era uma tendência com tal abertura que sua bondade reluzia com uma forma peculiar de alegria – ela não era uma pessoa espalhafatosa – tão intensa, tão ensolarada que a mim me fazia bem. É compreensível, para qualquer um faz bem olhar essa bondade. Isso me descansava do que já encharcava minha geração, que é a alegria egoística de receber.

Ela possuía alegria de receber? Tinha, mas bem menor do que o gáudio de dar. A alegria de receber era muito mais pela manifestação de afeto de quem deu, do que da coisa. O que também não é de hoje em dia. Atualmente, quem recebe pensa: “Deu aquilo para mim, eu agarro, é um objeto do qual agora sou dono.”

Elogiava os filhos dos outros parentes e não os próprios

Lembro-me, por exemplo, de quando era pequeno – a criança reflete mais sobre as coisas do que parece, marcam mais, etc. – eu via a cena em que ela estava contando histórias para minha irmã, a mim e aos sobrinhos.

Eram narrações de contos de Alexandre Dumas, depurados naturalmente, e outras coisas do gênero. Um sobrinho ou uma sobrinha fazia uma pergunta. Se a indagação aos olhos dela revelava mais inteligência, um feitio de espírito mais interessante ou, muito principalmente, boa alma, a alegria dela era tal que se poderia perguntar se seria maior do que se fosse com o filho. E seu contentamento era tão grande que, depois de contar a história, ela ia para a sala de jantar – naquelas casas antigas, eram salas enormes – e dizia para todo mundo:

— Sabem a última graça? Fulana contou isto, aquilo, etc.

Todos davam risada. E era a filha de uma outra…

Um cálculo que ela não faria é o seguinte: “Se tal senhora elogia meus filhos, eu vou elogiar os filhos dela; se não elogia, também não os elogiarei.” Porque esses cálculos mesquinhos, coisas assim, havia quase uma incapacidade de ela fazer. Digamos, uma boa senhora comum – hoje não garanto nada, mas de vinte anos atrás – não cometia um infanticídio, quer dizer, é uma coisa que não ia acontecer, ela não teria nenhum movimento de alma nessa direção.

Sailko (CC3.0)

Assim, eu notei que ela era mais cauta em elogiar os filhos dela do que os dos outros. E levando a delicadeza de alma até este ponto: “Se meus filhos têm tais qualidades e eu conto, os outros podem ficar amarfanhados, com inveja, etc. Um dia essas qualidades aparecerão, e não preciso estar falando.”

Arquitetura de cada biografia

Como isso era diferente do mundo, já naquele tempo! Hoje é uma espécie de blasfêmia contínua contra o que todos presenciamos. Para os rapazinhos e mocinhas que se veem pelas ruas, nem entra em linha de conta, mas o meu tempo de jovem era talvez de um egoísmo mais feroz. As pessoas, sendo muito mais bem constituídas, não digo moralmente, mas psiquicamente, sofriam menos e eram muito mais vítimas da ilusão de que é construível uma felicidade terrena, agrupando coisas em torno de si e gozando. E todo o estilo da vida favorecia isso.

Por exemplo, situações securitárias as havia em quantidade. Hoje as pessoas não fazem ideia do que era a solidez de um proprietário, porque se tornava rei de sua propriedade, mandava, não havia leis e fiscais que o vigiassem e, ao pé da letra, não existia inflação, a moeda era estável como um paralítico.

Isso tudo formava a ilusão de que, vivendo até os 55, 60 anos fazendo dinheiro, a pessoa se estabilizava como uma torre em cima de um rochedo; assim era a fortuna. Ademais, em morte não se pensava, ela sempre tinha o caráter de uma surpresa. Quando morria alguém: “Oh! Como?! Morreu?” E o falecido podia estar velho como a Sé de Braga…

Pois em tal atmosfera a abertura de alma de Dona Lucilia era essa. Se ela arruinaria um Tzar, façam ideia de sua ação junto de Deus, se o Criador não fosse infinito para resistir à corte mais perdulária que houve em todos os tempos, que é a corte celeste onde todos vivem de dar! E se dá a fundo perdido…

Muitas vezes se considera o ato de caridade assim: Fulano encontra um mendigo na rua, concede-lhe um dinheiro, o pedinte vai embora e o ato de esmola cessou. Com ela não. Havia uma peculiaridade por onde Dona Lucilia acompanhava a vida das pessoas como se fossem histórias, com a ideia da arquitetura de cada biografia e de um certo sentido que se desprendia não só de um fato – quando este possuía um sentido especial, é claro, pois às vezes eram fatos muito pequenos –, mas aquilo tinha para ela um perfume próprio.

E depois como foi a vida da pessoa, se subiu, desceu, progrediu, tornou-se bom, ficou ruim, se recebeu castigos. Tudo isto fazia parte do modo de ela observar a vida. Dona Lucilia não era uma analisadora da vida dos povos, nem estes como tais estavam muito na visão dela, mas muito observadora da vida dos indivíduos; é o horizonte próprio de uma senhora, mais restrito.

Ela possuía muito o senso das coisas, o senso da vida: se algo caminha para uma ascensão e, em certo momento, tem uma prova e depois sobe, ela ficava muito contente em poder contar. Entretanto se caísse, ela gostava muito de chamar atenção para os motivos da queda, não apenas para formar as pessoas, mas contemplativamente para ver a ordem das coisas e como Deus desejava essa ordem.

Passividade suave de uma esposa fiel…

Dona Lucilia contava o caso de uma senhora de boa família e muito rica, cujo marido se meteu de repente em más companhias. Começou a gastar dinheiro a rodo; o grande fascínio daquele tempo era a roleta. Ademais, caiu no adultério. A esposa via isso e ficava muito penalizada, aborrecida, mas não tinha outro jeito senão aguentar, com a passividade suave e sublime das senhoras fiéis daquele tempo.

Arquivo Revista

Certa ocasião, a concubina desse homem disse-lhe que queria um presente magnífico. Ele comprou, então, um serviço para pôr sobre a mesa de toilette, como usavam as senhoras daquele tempo, com peças de cristal com tampas de prata, e mandou a loja entregar no endereço da mulher.

O homem estava certo de que, quando chegasse à casa da concubina, seria recebido como quem tivesse lhe dado um tesouro. Ao contrário, encontrou a caixa aberta, com cada objeto envolvo em seu respectivo papel, exceto um que estava faltando no jogo. Ele perguntou:

— Que é isto, você não gostou do presente tão bonito que eu lhe mandei?

— Presente! Isso é uma porcaria, olhe aqui o que fiz de um desses objetos.

Então, mostrou-lhe uma das peças que ela jogara no chão e tinha quebrado. E continuou:

— Eu não sou pessoa a quem se dê objeto de cristal. Para mim é pelo menos de prata. Exijo que você amanhã me traga este serviço, mas em prata.

Apesar de não poder fazer aquele gasto, por já estar passando por privações em casa, o indivíduo comprou outro serviço para ela.

Como o conjunto de cristal incompleto ficara sobrando, levou-o à loja e disse ao vendedor:

Smith & Chandler (CC3.0)

— Ponha noutra caixa – porque a original tinha lugar reservado a cada objeto e se perceberia a falta de um –, disfarce isto e mande para outro endereço que vou indicar a você.

Pôs, então, o endereço da esposa. Quando ele chegou a sua residência para jantar, ela veio correndo ao seu encontro e disse:

— Mas você me dá um presente desses, quando as nossas condições econômicas não comportam! Eu agradeço muito!

Beijou-o e acrescentou:

— Venha ver como ficou bonita a nossa mesa de toilette. Mas não faça esses gastos comigo!

Ela não tinha percebido o negócio…

…que acabou sofrendo um grande infortúnio

Entretanto, a derrocada prosseguiu porque ele continuou a jogar. Em certo momento, o homem teve que vender a casa onde morava para pagar as dívidas. Só lhe restava uma fazenda que ele possuía no interior.

Então, o homem foi com a mulher e os filhos para o interior a fim de administrar a fazenda, fazê-la render ao máximo para pagar as dívidas. Ali ele realmente trabalhou. Era um “ninho de rato” do interior, não havia roleta. Os dois se reconciliaram, ela prontamente o perdoou e ajudava a fazer economias na casa.

Ao cabo de vários anos, ele disse à esposa:

Arquivo Pessoal (cc3.0)
Dr. August Karl Bier

— Já fizemos todas as economias necessárias para eu ir a São Paulo a fim de pagar as dívidas. Com isso levanta-se a perspectiva de, com mais poupanças, comprarmos casa em São Paulo e nos estabelecermos lá de novo.

Ela, contente por se poder pagar as dívidas, fez a mala para ele. De manhã, bem cedo, ela o acompanhou até uma cidade maior, na qual ele deveria tomar o trem para São Paulo no dia seguinte.

Na manhã seguinte, quando ele já devia ter tomado o trem, para surpresa dela o marido aparece desfeito, abatido. Aflita, ela pergunta:

— Por que você não foi para São Paulo?

— Você está vendo… À noite organizaram uma roda, e de manhã eu já não tinha nada!

Havia ao lado da casa onde se encontravam um caminho entre um renque de árvores. Ela saiu correndo por ali falando alto… Tinha ficado louca. Não é para menos!

Ele levou a família para São Paulo, onde arranjou um empreguinho e “vegetava” com a mulher e os filhos. Entretanto, apareceu um câncer na língua dele, cortaram-lhe um pedaço dela, mas com o tempo atacou a laringe – é a história de quase todos os cânceres, ainda mais com a Medicina incompleta daquele tempo – e ele morreu.

Essa senhora ficou com os filhos, mas de vez em quando tinha que ir para o hospício onde passava certo período. Depois os médicos informavam que ela estava melhor e mandavam buscá-la. Ela permanecia um tempo em casa e, quando sentia que estava piorando, avisava:

— Olha, percebo que a loucura está voltando. É melhor vocês me levarem, antes de precisarem me conduzir à força.

Era horrível porque naquele tempo as senhoras não usavam cabelo cortado e, entrando no hospício, a primeira coisa que faziam era cortar os cabelos. De maneira que, quando saía do hospício, ela ficava sem contato com ninguém de fora da família até crescerem os cabelos; e antes de ir ao hospício, ela mandava cortar o seu cabelo em casa. Era um drama.

Intercessora adequada para construir a arquitetura da vida

Dona Lucilia narrava isso participando do drama e vendo a arquitetura dos fatos, o jogo da vida, a ação da Providência. Ela contava tomando muito a sério tudo o que sucedera, ressaltando como o homem tinha andado mal, etc.

Narro isso para lembrar como mamãe tinha a ideia da arquitetura das biografias. Ora, quem de tal maneira nota a arquitetura da existência das pessoas é sensível a que alguém lhe peça para tomar conta da arquitetura da própria vida. É uma ação em profundidade visando ajudar o indivíduo a carregar o peso da própria arquitetura.

E isso com a seguinte noção: a vida ou é uma superior dedicação, ou não é nada. Dedicar-se a quê? É o problema da arquitetura. Mas a vida deve ser uma superior dedicação. Este era o traço distintivo de Dona Lucilia, e por onde ela era pouco compreendida.

Às vezes algumas pessoas me perguntam: “O que Dona Lucilia tinha de contrarrevolucionário?” Antes de tudo, o fato de ser católica, pois ela o era profundamente. Mas eu vejo mais Contra-Revolução em ter a alma assim, do que numa pessoa com ideias sociopolíticas muito acertadas, mas com poços de egoísmo, com base nos quais nada de acertado se constrói. Compreende-se como ela é uma intercessora adequada para construir a arquitetura da vida. Porque formar isto já é uma arquitetura.

O Sagrado Coração de Jesus era para ela, a muito justo título, o modelo perfeito disso. Mais do que o modelo, era a fonte de onde jorrava para os homens a capacidade de ser assim. Portanto, quer ser desse modo? Contemple o Sagrado Coração de Jesus. Aliás, se prestarmos atenção, notaremos como a Igreja do Coração de Jesus, que mamãe frequentava, é propícia a formar na alma dos fiéis um sentimento desse gênero.

Entretanto, volto a dizer, nela sentia-se sempre a alegria de dar, espontânea, escachoante.

Um médico famoso se deixa tocar pela virtude de Dona Lucilia

Cito mais este episódio com o Dr. Bier. Ele era um médico de fama internacional e mandou para ela, da Alemanha, uma fotografia dele já velho, depois da Primeira Guerra Mundial.

Dr. Bier foi muito dedicado a Dona Lucilia e parecia ter certo afeto a ela, embora protestante. Parece que se deixou tocar pela virtude dela, tinham muito bom relacionamento.

Durante a guerra, as relações entre a Alemanha e o Brasil foram cortadas, e mamãe de vez em quando dizia:

— E o meu Dr. Bier! O que terá sido feito dele?

Porque bombardearam Berlim e Dr. Bier morava nessa cidade. Depois podiam levá-lo como médico ao front e uma bomba, caindo por acaso na enfermaria, atingir o Dr. Bier…

Assim que foi possível estabelecer as relações, ela escreveu uma carta ao Dr. Bier, perguntando como estavam a Senhora Bier e filhos, e se precisavam dela para alguma coisa.

Dr. Bier respondeu-lhe dizendo que estava completamente surdo porque perto dele tinha estourado uma bomba, furando os dois tímpanos. Para isto não há aparelho de ouvido. Apesar dessa limitação, sua saúde estava íntegra, etc. E se ela quisesse ser amável com ele, que mandasse um pacotinho de café, porque eles lá não tinham esse produto.

Ela conseguiu uma saca inteira de café – uma coisa grande e cara, transporte difícil –, e arranjou um jeito de fazer chegar ao Dr. Bier, com uma carta a mais amável possível.

Então ele escreveu uma missiva agradecendo, depois a correspondência terminou. Na realidade, algum tempo depois ela soube que Dr. Bier tinha morrido, então orações pela alma dele, etc. “Coitado do Dr. Bier, morreu…”

Mais uma vez vemos a alegria de dar, a tristeza porque aconteceu algo de ruim para o outro. Essas coisas todas estão muito presentes.

Uma princesa russa aflita pede-lhe conselho

Outro exemplo, o episódio que se passou em Paris com uma princesa russa, hospedada no mesmo hotel em que estávamos, por ocasião da viagem de 1912.

Ela estava no mesmo andar que mamãe, viam-se com frequência, mas não se cumprimentavam. Em certo momento, a princesa disse a mamãe, falando em francês:

Madame, a senhora me desculpe, mas vejo que a senhora é uma pessoa tão boa, tão compassiva, eu queria que a senhora me ajudasse.

Mas ela falou isso chorando. Podem imaginar logo a compaixão de mamãe, que perguntou:

— Mas o que há?

A Princesa afirmou que um médico lhe tinha diagnosticado um câncer, e estava desesperada. Mamãe, então, disse-lhe:

— Não vamos perder a cabeça com isto. Esses médicos muitas vezes fazem diagnósticos errados. A senhora deveria dirigir-se a tal médico que tem uma reputação extraordinária para diagnósticos. Consulte esse médico!

Arquivo Revista
Dr. Plinio em 1987

A Princesa chorava muito e mamãe a tranquilizava, dando conselhos, estimulando-a a rezar, etc. Ela ficou gratíssima. Pouco tempo depois, tendo chegado o momento de Dona Lucilia voltar para o Brasil, elas despediram-se, mas mamãe deixou o endereço para ela. Transcorrido certo tempo, veio uma carta da Princesa para mamãe onde a nobre russa dizia:

“Eu queria agradecer enormemente. A senhora não imagina que solução foi para mim tal médico, o qual fez diversos exames, mandou tirar radiografia e esta desmentiu completamente o diagnóstico do médico parisiense. Posso dar o caso como resolvido, graças à sua excelente intervenção…”

Sem dúvida, esta comunicação de bondade de Dona Lucilia produziu-lhe um certo efeito de calma, e trazia consigo como que uma promessa de cura feita pela Providência.

Porém, esse era um caso que ela não contava diante de ninguém. Mamãe não me pediu reserva, mas me narrou numa hora em que estávamos conversando sozinhos, e não costumava repetir.

(Extraído de conferência de 18/4/1987)