O mais terno, puro, soberano, excelso, sacral e sacrificado dos amores que tenha existido na Terra, o amor do Filho de Deus pelos homens, foi por Ele comparado ao instinto animal. Pouco antes de padecer e morrer, chorou Jesus sobre Jerusalém, dizendo: “Jerusalém, Jerusalém, quantas vezes quis eu reunir os teus filhos como a galinha recolhe os seus pintainhos debaixo das asas, e tu não o quiseste!”
Para exprimir o extremo do seu amor o Homem-Deus quis compará-lo com o amor materno, mas nesse grau, nessa forma: uma ave em relação aos seus pintainhos. Ele recorreu a essa figura para exprimir de modo tocante e nos fazer entender o que há de inesgotável no amor materno.
Nosso Senhor quis, ademais, que sentíssemos e conhecêssemos na Mãe d’Ele quintessências de misericórdias que Ele deu a Ela e que, simplesmente na consideração d’Ele, não chegaríamos a perceber.
(Extraído de artigo na Folha de São Paulo de 18/12/1968 e conferência de 24/10/1981)