Permiti, ó Mãe e Rainha nossa, que Vos apresentemos uma súplica na qual depositamos o melhor de nós mesmos.
Considerai, Senhora, como vosso nome e o de vosso Divino Filho são ultrajados em toda a Terra pelas blasfêmias e pela violação contínua e ostensiva da Lei de Deus.
Considerai como o imenso mar de impiedade já se estendeu por todo o Orbe e ameaça cobrir as poucas ruínas que ainda não conseguiu abater inteiramente.
Considerai – oh, dor suprema! – que até na Santa Igreja Católica Apostólica Romana, nossa Mãe infalível, indestrutível, santíssima e indizivelmente querida, esse mar penetrou em proporções que aturdem e afligem nossas almas.
Olhai, ó Sede da Sabedoria, como tantas almas vão sendo devoradas pelo demônio em meio a essas trevas.
Ó nossa Mãe, não podemos mais suportar a visão deste quadro dantesco. É vossa graça que nos inspira a indignação mais ardente, a rejeição mais profunda, a execração mais aguerrida contra o que aí está.
Ó Senhora, que sois terrível como um exército em ordem de batalha, vinde o quanto antes, nós Vo-lo imploramos de joelhos, para derrubar esta ordem de coisas diabólica, atirar ao Inferno os demônios, ferir, dispersar e aniquilar em toda a face da Terra os sequazes dele e, por fim, implantar sobre a pedra angular da devoção a Vós a era bendita de vosso reinado no mundo.
É o que humildemente Vos imploramos, pedindo-Vos que nos assistais com vossa força para que sejamos batalhadores terríveis e indômitos nos dias que se aproximam. Assim seja.
(Sem registro de data. Composta, provavelmente, na década de 1960)
