Ninguém poderia ser mais humilde do que Nossa Senhora, porque se a humildade é uma virtude, Ela a teve em grau superexcelente e insondável, inconcebível por nós.
Na sua vida, a Santíssima Virgem deu várias provas dessa virtude. Entretanto, sua humildade não consistia somente em colocar-Se abaixo de todos, mas também em ver sua grandeza excelsa de Mãe de Deus e agradecer-Lhe os dons incomparáveis que a Ela tinha feito.
Havia, portanto, uma humildade sumamente equilibrada, serena, virginal, de um espírito que, por ser Ela a Sede da Sabedoria, era todo voltado a ver a verdade.
Devemos pedir a Nossa Senhora a graça de vermos, a nosso respeito, toda a verdade; de conhecermos os nossos defeitos com objetividade, probidade e a fundo, olhando para eles de frente.
Mas, também, que Ela Se digne expungir de nossas almas todo resíduo do conceito “heresia branca” de humildade, com pescoço torto, que é a caricatura da autêntica virtude e que a expulsa das almas, pois essa falsa humildade é uma forma requintada de orgulho.
(Extraído de conferência de 12/5/1967)
