Entre as festas litúrgicas deste mês, destaca-se com especial relevância a Solenidade da Apresentação do Senhor no Templo, a 2 de fevereiro. Situada quarenta dias após o Natal, celebra ela o fato narrado pelo Evangelista São Lucas. Cumprido esse prazo fixado na Lei, Nossa Senhora e São José se dirigiram a Jerusalém para resgatar Jesus — sem contudo estarem obrigados a isso — com o pagamento estipulado para os mais pobres: duas rolas. Era o rito
determinado por Deus, a fim de que os israelitas se lembrassem de como Ele os
libertara da escravidão do Egito.

A propósito da Liturgia desta Festa, comenta o Papa João Paulo II:

“Neste dia vive [a Igreja] o evento da Apresentação do Senhor no Templo, procurando aprofundar o mistério que ela encerra. Num certo sentido, porém, todos os dias a Igreja bebe deste evento da vida de Cristo, meditando o seu
significado espiritual. Todas as tardes, de fato, nas igrejas e nos mosteiros,
nas capelas e nas casas ressoam no mundo inteiro as palavras do velho Simeão, há pouco proclamadas:

Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz,

 segundo a Tua palavra,

 porque os meus olhos viram a Salvação,

 que preparaste em favor de todos os povos:

 Luz para iluminar as nações

 e glória de Israel, Teu povo’ (Lc 2, 29-32). (…)

“No misterioso encontro entre Simeão e Maria, unem-se o Antigo e o Novo Testamento. Juntos, o profeta ancião e a jovem Mãe dão graças por esta Luz que impediu a prevalência das trevas. É a Luz que brilha no coração da existência humana: Cristo, Salvador e Redentor do mundo, ‘luz para iluminar as nações e glória de Israel, Teu povo’ (Homilia de 2-2-1998).

Luz para iluminar as nações! Essa definição de Nosso Senhor, inspirada pelo Espírito Santo, deve ser também a característica distintiva de todos os católicos no mundo de hoje. Christianus alter Christus: cumpre que sejamos, no seguimento de Jesus Cristo, verdadeiras tochas de luz, sobretudo nas circunstâncias e nos ambientes em que a descristianização progressiva nos obriga a dar testemunho d’Ele, indicando o caminho da fidelidade a Deus.

A cada exemplar de nossa revista, torna-se patente o quanto Dr. Plinio, sob a proteção de Maria Santíssima, correspondeu à sua missão de ser essa “luz”!

Quando, nos mais variados aspectos da vida, a sociedade é impelida para a feiúra, e às vezes até a sordície, Dr. Plinio se apresenta como um farol a irradiar a luz da beleza, daquele pulchrum que é o esplendor da verdade e do bem.

Quando os próprios católicos se sentem tentados ao desânimo face à maré montante da irreligiosidade, ele é uma labareda de entusiasmo a lhes comunicar alento com suas palavras e exemplo.

Quando o tédio das grandes cidades leva certas almas a um estado próximo do desespero, é ainda Dr. Plinio um facho luminoso a lhes transmitir a palavra quase esquecida: “Confiança!” — no momento da hesitação; “Coragem!”— na hora da incerteza trêmula.

Ser luz para iluminar as vias dos nossos semelhantes! Como esse chamamento é atual!